Paulo Turra: «Quero o Vitória com a cara da partida com o Benfica, sempre a jogar para a frente»
Técnico vimaranense recuou ao jogo da Luz para dar conta do que pretende para o futuro; não se esconde atrás das três derrotas consecutivas e diz que a exigência do Vitória não se coaduna com esse registo; André André apto para o Casa Pia
Em dia de aniversário do Vitória de Guimarães, Paulo Turra aproveitou a conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Casa Pia para dar os parabéns à instituição e recordar a glória que viveu em Guimarães enquanto jogador.
«Gostaria de começar esta conferência de imprensa a dar os parabéns ao Vitória pelos 101 anos de existência, com muitas glórias e lembranças boas. Eu, como jogador, em 2004/2005, lembro um ano memorável que, mesmo não tendo começado muito bem, fizemos uma época muito boa e conseguimos recolocar o Vitória nas competições europeias alguns anos depois».
Depois deste preâmbulo, o técnico brasileiro sublinhou estar ciente de que a equipa tem de alterar o rumo dos acontecimentos, até porque o passado recente tem deixado os adeptos à beira de um ataque de nervos. «Três derrotas são três derrotas. Principalmente para um clube como o Vitória. Mas nós vamos jogar como sempre jogámos até agora, com exceção do lado menos bom do jogo que ditou a eliminação da Taça da Liga», assumiu, antes de reforçar aquilo que pretende relativamente às dinâmicas coletivas.
«Com o Benfica, quando estávamos com um jogador a menos, essa é a cara que eu quero. É jogar para a frente. Claro que sabemos que o adversário tem as suas caraterísticas. Sabemos que o Casa Pia com bola, na saída para o ataque, mete quatro jogadores na frente, mas trabalhámos sobre isso e não vamos querer deixar que isso aconteça. Queremos recuperar a bola no meio-campo ofensivo, ter posse, atrair o adversário e, assim, as oportunidades aparecerão e só teremos de finalizar».
E para que os resultados possam voltar a ser positivos, Paulo Turra aponta o caminho: «O que temos de fazer é o mesmo que tenho vindo a falar desde que cheguei, que passa pela convicção no trabalho. Independentemente de onde o Vitória jogue, joga sempre para vencer. Somos profissionais e temos de honrar a camisola do Vitória. Para isso, é preciso jogarmos com intensidade e com inteligência. Na dor também aprendemos, também evoluímos, e espero que os minutos finais do último jogo não se repitam no futuro.»
A finalizar, o técnico dos vimaranenses confirmou que André está recuperado de lesão e que pode dar o seu contributo à equipa diante do Casa Pia, ao contrário de Dani Silva e Mikel Villanueva, que continuam entregues ao departamento médico. O mesmo acontece, de resto, com Ricardo Mangas e Telmo Arcanjo, ambos a recuperar das respetivas cirurgias a que foram submetidos.