O Palmeiras soma mais de dois mil milhões de reais, equivalentes a 333 milhões de euros, em vendas de atletas de 2015 aos dias de hoje, A recente transferência de Vítor Reis para o Manchester City, somada às de Endrick para o Real Madrid e Estevão para Chelsea nos últimos dois anos, contribuíram para a entrada do clube treinado por Abel Ferreira num seleto grupo de melhores negociadores mundiais, liderado pelo Benfica e com Sporting, FC Porto e SC Braga em posição de destaque (ver quadro). Vítor Reis, titular no centro da defesa a partir de metade da época passada, foi para o Manchester City, da Inglaterra, por 37 milhões de euros, a maior transferência de um central brasileiro na história. «Essa negociação representou tudo aquilo que sempre sonhámos para o Vitor, a construção de um trabalho que vai além das quatro linhas e envolve gestão e direcionamento para a formação do ser humano como um todo», afirma Claudio Fiorito, CEO da P&P Sport Management, que atende o jogador desde os primeiros passos, a A BOLA. Antes, Endrick foi para o Real Madrid, por valores que podem chegar a 72 milhões, maior venda do futebol brasileiro da história, e Estevão irá para o Chelsea por €61,5 milhões após o Mundial de Clubes. “É um momento ímpar: o que o Palmeiras conseguiu com os nascidos em 2006 remete ao que vimos com os nascidos em 1992, Neymar, Coutinho, Alisson e Casemiro», aponta Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana que gere a carreira de centenas de atletas, entre eles, do próprio Endrick. A primeira grande negociação desta nova era, entretanto, aconteceu em 2016, com a ida do atacante Gabriel Jesus para o Manchester City por €33 milhões. Além dele, outros quatro jogadores renderam excelentes lucros nas últimas temporadas, casos do médio ofensivo Luís Guilherme, que partiu para o West Ham por €30 milhões, do médio defensivo Danilo, para o Nottingham Forest, por 20, do extremo Artur, para o Zenit, da Rússia, por 18, e do atacante Kevin, para o Shakhtar, da Ucrânia, por 15. «Chegar ao City e com uma exigência de apresentação imediata a pedido de Guardiola agrega muito à imagem do Vitor nesse momento, mérito do atleta e do Palmeiras, que realizou um trabalho de base fora da curva», afirma Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing desportivo. Os lucros do Palmeiras não vão acabar aqui: Thalys, 19 anos, já foi autor de dois golos nesta edição do Paulistão, o último dos quais no clássico com o Peixe.
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