«Os porquês» que Pedro D'Oliveira leva e a conversa com Vítor Bruno
Pedro D'Oliveira, treinador do Sintrense, no jogo com o FC Porto. Foto: Miguel Nunes

Sintrense-FC Porto, 0-3 «Os porquês» que Pedro D'Oliveira leva e a conversa com Vítor Bruno

Treinador do Sintrense orgulhoso da sua equipa, apesar da derrota com o FC Porto na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal

Quais as principais dificuldades sentidas frente ao FC Porto, clube de outra realidade?

«Toda a preparação do ponto de vista tático foi difícil. Demorámos a encaixar, mas depois tivemos coragem para defrontar como se fosse uma equipa da nossa realidade. Do ponto de vista tático, queríamos que o Chiquinho acompanhasse mais o Gonçalo Borges para não dar possibilidades dele partir no um contra um com o lateral; do outro lado queríamos o Pipas com mais coragem a saltar no homem da construção por fora. E sempre que não o conseguimos, eles chegaram com perigo. Era difícil manter os índices de concentração, mas é aprendizagem. Percebemos que a grande diferença para as equipas de cima não tem a ver com a parte física nem com a técnica: é a velocidade de pensamento e de execução. Olhamos para o FC Porto e vemos que a comunicação e assertividade nesses momentos é completamente diferente. Por isso, vamos levar muitas aprendizagens.

Sente que se a equipa se valorizou como pretendia?

Os nossos objetivos para este jogo eram qualitativos. Não tinha a ver com o resultado. Queríamos desfrutar do dia, íamos ter isto, que não é a nossa realidade, mas, sobretudo, que transparecesse o que são os nossos valores: resiliência, ser agressivo sem bola e ter coragem. Saio daqui com muita coisa boa. Com muitos porquês: o porquê de não estarmos lá em cima. Mas também a saber que o caminho é este. A valorização vai aparecer.

O que gostava de conversar com Vítor Bruno?

Tenho muita coisa na cabeça para falar com ele. Ainda não tive essa oportunidade, mas gostava muito de ter a oportunidade de conversar com ele. Porque era alguém que acompanhamos há muitos anos, mesmo estando na sombra há muitos anos. Enquanto equipa técnica, há três anos que falamos que o Sérgio Conceição era acompanhado por gente muito competente e humana com os jogadores. Tenho muito a beber. Se tiver oportunidade, vou fazê-lo.

Sair ao som de aplausos foi também viver a magia da Taça?

Sim. Muita gente se deslocou aqui: adeptos do Sintrense e de cada um de nós. É muito gratificante que tenham vido ver aquilo que nós somos e é para isto que trabalhamos também.  

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