Os planos de Klopp no pós-Liverpool e uma garantia em Inglaterra
Jurgen Klopp, treinador do Liverpool (IMAGO / News Images)
Foto: IMAGO

Os planos de Klopp no pós-Liverpool e uma garantia em Inglaterra

INTERNACIONAL26.01.202412:46

Treinador diz que vai tentar ter uma «vida normal» antes que seja tarde; garante que não treinará outro clube em Inglaterra

Numa entrevista de 25 minutos, Jurgen Klopp explicou todos os motivos para abandonar o Liverpool no final da época. No centro, a necessidade de ter tempo para si. Aos 56 anos, o treinador alemão quer abrandar. 

«Vim para cá e disse desde o primeiro dia, sou um homem normal. Ainda sou um homem normal, só não vivo uma vida normal há muito tempo. Não quero esperar até ficar velho demais para ter uma vida normal. Preciso pelo menos tentar em algum momento para ver como é. Creio ser o momento certo para mim e acho que é o momento certo para o clube porque não posso continuar a fazer este trabalho», disse, afastando a saída por problemas graves de saúde. 

Klopp quer apenas abrandar. «Preciso de encontrar um propósito diferente para mim, tenho de procurar. Se me perguntar se vou voltar a ser treinador, eu diria agora que não. Mas obviamente não sei como será, porque nunca passei por essa situação. O que eu sei, com toda a certeza, é que nunca treinarei em Inglaterra outro clube que não o Liverpool, 100 por cento. Não é possível. O meu amor por este clube, o meu respeito pelas pessoas é muito grande. Não conseguiria, faz parte da minha vida, fazemos parte da família, aqui sentimo-nos em casa», assegurou.

Não vou dirigir um clube ou uma seleção pelo menos durante um ano. Não posso e não quero

Quanto ao resto? «Se algum dia voltarei a trabalhar? Claro, eu conheço-me, não vou ficar por aí sentado. Vou encontrar outra coisa para fazer, mas não vou dirigir um clube ou uma seleção pelo menos durante um ano. Não posso e não quero… É muito estranho, estou aqui a dizer que não tenho energia (ver peça associada) e agora estou cheio de energia aqui a falar. Devido à relação com o clube, [sei que] ninguém vai me despedir, então tenho de tomar a decisão sozinho. A responsabilidade que tenho por tudo aqui diz-me que não sou a pessoa certa para o futuro. Vou ser parte do clube, mas noutro papel, a torcer de fora.»

Fica também um pedido aos adeptos: «Não tem que acontecer nada por minha causa. Ninguém precisa de centrar os próximos jogos à minha volta – por favor, não façam isso  - agora estou no clube a cem por cento.»