Os destaques do Sérvia-Inglaterra: Furacão Bellingham até apagou Mitrovic do mapa (mais cedo que o desejado)

Golo da estrela do Real Madrid trouxe confiança à Inglaterra e provocou uma decisão precipitada de Dejan Stankovic

A seleção da Sérvia

Não foi feliz a entrada em jogo da Sérvia. Apática e muito recuada, sofreu o golo cedo, quase convidando a Inglaterra a ser feliz. Pavlovic foi menos rápido que Saka e este, com um cruzamento com o pior pé, o direito, convocou a entrada fulgurante de cabeça de Bellingham. O bloco defensivo foi sofrendo com a erosão do domínio inglês, especialmente Veljkovic e Milenkovic, e com acumular de faltas também Gudelj e Lukic perderam agressividade.

Na 1.ª parte só por uma vez a Sérvia chegou à baliza contrária, através, claro, de Mitrovic. O remate do ponta de lança passou muito perto do poste de Pickford. Vlahovic foi outra das unidades mais inconformadas e forçou o guardião inglês a uma bela defesa na fase final do jogo. Ilic trouxe renovadas ideias à equipa, mas, estranhamente, a ausência de um cabeceador do calibre de Mitrovic, que tinha sido substituído, trouxe à evidência o erro de análise do selecionador Dejan Stankovic. Isto porque nem Jovic nem Tadic foram capazes de tirar os ingleses da sua zona de conforto. E se a Sérvia melhorou bastante depois do intervalo, deve agradecer ao seu guarda-redes, Rajkovic, por não ter sofrido o segundo golo. Uma defesa de grande nível a responder a cabeceamento de Kane, com a barra a dar uma ajudinha...

As notas dos jogadores da Sérvia: Rajkovic (6), Veljkovic (4), Milenkovic (4), Pavlovic (4), Zivkovic (5), Milinkovic-Savic (5), Gudelj (4), Lukic (4), Kostic (4), Vlahovic (7), Mitrovic (6). Os suplentes utilizados: Mladenovic (5), Ilic (6), Tadic (5), Jovic (4) e Birmancevic (4)

A seleção de Inglaterra

Deixar Saka sem a devida vigilância revelou ser um erro crasso da Sérvia nos primeiros instantes da partida. Foi pelo lado direito que o golo surgiu, e o extremo até recorreu ao pior pé, o direito, para fazer chegar a bola a Bellingham, que faturou com estrondo, num golpe de cabeça. Bem organizada, a Inglaterra foi mais forte na 1.ª parte, apesar de alguns lapsos de Alexander-Arnold (que, ainda assim, antes de sair, aqueceu as luvas de Rajkovic). Kane também mandou uma bola à barra, depois de defesa extraordinária do guardião sérvio. Apesar de não ter marcado, o avançado do Bayern foi importantíssimo para elevar os índices de agressividade do ataque e defensivamente também ajudou. E muito. Adaptado a lateral-esquerdo, Trippier fez um jogo competente e a sociedade de Stones com Guéhi no eixo da defesa permitiu diluir o crescimento do adversário no segundo tempo. Foden, mais apagado que o normal, ainda viu uma bola de golo passar à sua frente, depois de centro de Walker – que, na realidade, hesitou entre rematar e cruzar. Pickford passou por um maior aperto num remate de Vlahovic, mas, no essencial, a defesa protegeu muito bem o guarda-redes.

As notas dos jogadores de Inglaterra: Pickford (6), Walker (6), Stones (7), Guéhi (7), Trippier (6), Alexander-Arnold (5), Declan Rice (6), Bellingham (8), Bukayo Saka (7), Phil Foden (5) e Harry Kane (7). Os suplentes utilizados: Gallagher (5), Bowen (5) e Mainoo (-)