Os destaques do SC Braga: um triunfo criado nos pés de Rodrigo Zalazar
Rodrigo Zalazar. (FOTO: Imago)
Foto: IMAGO

SC Braga-Rapid Viena, 2-1 Os destaques do SC Braga: um triunfo criado nos pés de Rodrigo Zalazar

NACIONAL22.08.202423:21

Médio uruguaio fez mais uma grande exibição, com assistência e golo, estando sempre presente nos lances de perigo; Vítor Carvalho marcou e equilibrou muito bem a equipa

Melhor em campo - Rodrigo Zalazar (nota 8)

Sempre com aproximações à zona de finalização, o médio teve um bom lance, pelos 15 minutos, mas o remate saiu ao lado. Pela meia-hora voltou a tentar e a bola embateu num defesa. Desse canto fez a assistência para o golo de Vítor Carvalho. Na segunda parte envolveu-se ainda mais no ataque, tentando servir os companheiros, no entanto acabou por ser ele a tirar o proveito desse posicionamento, fazendo o segundo golo dos guerreiros com um remate forte e colocado, sem hipóteses para o guarda-redes dos austríacos.

5 Matheus – No lance com Beljo fez o melhor que conseguiu e, talvez, tenha atrapalhado o avançado o suficiente levando-o a falhar. A seguir deu um susto a todos os presentes, ao fintar perto da baliza, mas acabou por resolver bem. Porém, a partir daí não foi chamado a grandes intervenções, tendo também controlado bem a profundidade.

5 Victor Gómez – Após uma primeira parte apática, lá se soltou mais no ataque, também fruto do que foi pedido pelo técnico dos guerreiros. O lateral apareceu em zonas ofensivas e mostrou bem mais, procurando servir os companheiros com cruzamentos.

4 Bambu – Um erro descomunal, logo no início da partida, que podia ter saído bem caro, não fosse o desacerto do adversário. O central voltou a mostrar desatenção no lance do primeiro golo do Rapid Viena. Não foi o melhor jogo para o defesa contratado ao Arouca e está a regressar de lesão.

5 Arrey-Mbi – Um defesa de qualidade, sem dúvida, mas também se deixou surpreender nas costas no lance do golo de Burgstaller. De resto, mais uma exibição segura e com pormenores que deixam os adeptos descansados.

5 Adrián Marín – Não deu a profundidade necessário, durante a primeira metade e no segundo tempo funcionou mais como terceiro defesa, após a alteração tática promovida por Carlos Carvalhal.

7 Vítor Carvalho – Sendo o médio, claramente, mais recuado garante os equilíbrios à equipa com eficácia. Ainda apontou o golo do empate a uma bola, com um cabeceamento certeiro, na sequência de um pontapé de canto.

5 Roger Fernandes – Algo trapalhão, mas com a irreverência habitual ao procurar o espaço central, partindo da direita, à procura de fazer uso do seu pé esquerdo para alvejar a baliza. Não teve sucesso na maioria das vezes e, por isso, passou um pouco ao lado deste jogo.

6 Ricardo Horta –  Um pouco desaparecido no primeiro tempo, mas antes do intervalo dispôs de uma boa oportunidade. O remate foi desviado. O mesmo aconteceu no início da etapa complementar, com o capitão em boa posição para faturar, mas estava um defesa no caminho, outra vez. Mais envolvido na partida, voltou a estar perto do golo, mas rematou ao lado.

5 Bruma – Até começou bem a partida, com os seus slaloms por entre os defesas contrários e ainda fez um desvio ao segundo poste que obrigou o guarda-redes dos austríacos a intervir, mas um problema na coxa esquerda retirou-o da partida.

5 El Ouazzani – Joga muito bem de costas para a baliza contrária, segurando a bola com qualidade e soltando para os companheiros. Apenas tentou finalizar uma vez e o remate de pé esquerdo saiu ao lado.

5 Gabri Martínez - A primeira intervenção foi ao lado, pois falhou a interceção do passe que depois originou o golo dos austríacos. No entanto, o extremo espanhol foi mostrando velocidade e foi partindo para cima dos adversário, fazendo alguns bons cruzamentos.

6 André Horta - Na sua estreia esta temporada, o médio tentou pegar no jogo e fez logo um remate forte que obrigou Hedl a aplicar-se. Ainda foi a tempo de encontrar Zalazar com um belo passe, para que o uruguaio fizesse o segundo para os arsenalistas.

6 Roberto Fernández - Mal entrou teve duas boas chances. A primeira com um desvio ao segundo poste contra um defesa e a segunda lançou-se para a bola, com esta a terminar nas mãos do guardião.

Os destaques do Rapid Viena:

Beljo foi protagonista de um falhanço incrível, depois de ter beneficiado do mau atraso de Bambu, fintou Matheus, mas conduziu a bola para fora, com a baliza escancarada. Grgic foi imprudente e uma entrada violenta sobre Zalazar valeu-lhe o cartão vermelho, logo aos três minutos. Burgstaller é um avançado possante, mas com alguma mobilidade, sendo que apareceu muito bem nas costas dos defesas bracarenses para desviar para o golo. Oswald entrou bem na partida e mostrou dote técnicos evoluídos. Muita qualidade com a bola nos pés. Jansson batalhou, correu e deu tudo o que tinha pela sua equipa que cedo ficou com menos um jogador em campo. Raux-Yao é um central competente e que sai muito bem a jogar, avançando com a bola de forma segura. Sangaré é um médio de trabalho e de enorme disponibilidade física, mas não tem a mesma habilidade técnica que os seus companheiros.

As notas dos jogadores do Rapid Viena: Hedl (5), Bolla (5), Cvetkovic (5), Raux-Yao (5), Auer (5), Sangaré (5), Grgic (1), Seidl (5), Jansson (5), Beljo (3), Burgstaller (7), Oswald (5), Dursun (5), Schaub (5) e Hofmann (-).