Guarda-redes defendeu quase tudo, com apoio de sois centrais seguros; suplente entrou e fez história
A figura do Gil Vicente: Thomas Luciano
Entrada em campo de sonho, com tão pouco tempo para mostrar e tanto para correr, sorrir e celebrar depois de um golo que poderá ficar para a história deste campeonato, porque poderá ter sido o carimbo que faltava para colocar o FC Porto fora da corrida pelo título. A despeito da incapacidade defensiva de Wendell fica na retina a impulsão, o tempo de entrada e o gesto técnico de cabeça sem hipótese para Diogo Costa.
Andrew foi o que na gíria se diz um guarda-redes de equipa grande. Não foi chamado muitas vezes à ação mais exigente (não tantas quanto certamente esperaria), mas no que teve de fazer, fê-lo com segurança, sobranceria e agilidade. Voou para parar um remate em jeito de Iván Jaime, ainda defendeu o penálti de Evanilson e foi uma aranha aos 82’, tirando o golo a Evanilson.
O guarda-redes brasileiro esteve bem acompanhado na defesa. Alex Pinto foi muito determinado na direita, sem dar espaço de manobra a Iván Jaime, e os centrais Ruben Fernandes e Gabriel Pereira somaram cortes decisivos, fruto de posicionamento e leitura excelentes, fosse no ar ou no chão, destacando-se em particular os cortes aos 45+9’ e aos 75’ do brasileiro, evitando golos quase certos de Eustáquio e Otávio, respetivamente.
A meio-campo, Martim Neto chamou a si algum protagonismo, tentando assumir o jogo sempre que possível, embora com as limitações de uma equipa com alguma tração atrás. Ainda assim sobressaiu o excelente passe a isolar Alipour, avançado iraniano que sentiu a pressão e Otávio no seguimento do lance, perdendo excelente oportunidade.
No momento de maior iniciativa ofensiva destacou-se Maxime Domínguez com as suas diatribes e Félix Correia. O extremo que atuou como falso avançado, passou a maior parte do tempo a jogar de costas, mas quando teve tempo e espaço viu Thomas Luciaano ao longe, colocando-lhe a bola a jeito para o golo do empate.