Operação Pretoriano: imagens de videovigilância da AG do FC Porto analisadas

Neste processo estão em causa 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação, durante a AG de 13 de novembro de 2023

O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto começou, esta terça-feira, a visionar as imagens de videovigilância do Dragão Arena, no âmbito da Operação Pretoriano, que tem entre os arguidos Fernando Madureira, ex-líder da claque Super Dragões.

Depois de se ter remetido ao silêncio a 28 de outubro, no início da fase de instrução, Fernando Madureira regressou ao TIC por volta das 9 horas, sob fortes medidas de segurança, para uma nova sessão de diligências à porta fechada. Além do ex-líder dos Super Dragões, estiveram presentes Sandra Madureira, sua esposa e antiga vice-presidente dos Super Dragões, que também não tinha prestado declarações a 28 de outubro, e Fernando Saul, ex-funcionário dos azuis e brancos.

«Estivemos apenas a ver imagens. Declarações? Não houve», referiu Cristiana Carvalho, advogada de Fernando Saul, aos jornalistas, no final de uma sessão, que durou cerca de duas horas e foi interrompida perto das 12 horas para almoço.

A juíza de instrução criminal aceitou que fossem visionadas as imagens das câmaras de videovigilância do Dragão Arena, onde se registaram vários incidentes e agressões durante uma AG do FC Porto, a 13 de novembro de 2023. Em sentido contrário, indeferiu o requerimento dos arguidos para a audição de testemunhas no debate instrutório. Entre as testemunhas arroladas pela defesa de Fernando e Sandra Madureira estava Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto.

Refira-se que, neste processo, estão em causa 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação, durante a AG de 13 de novembro de 2023.