Operação Pretoriano: Fernando Madureira e restantes 11 arguidos vão a julgamento
Juíza do processo entendeu que as provas do Ministério Público são devidamente fundamentadas e, como tal, o antigo chefe dos Super Dragões vai mesmo ser julgado
Fernando Madureira vai mesmo a julgamento na Operação Pretoriano.
A decisão foi conhecida na tarde desta quinta-feira, durante a leitura da decisão instrutória, que ainda decorre no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.
Além do antigo chefe dos Super Dragões, também os restantes 11 arguidos deste processo - Sandra Madureira, Fernando Saúl, Vítor Catão e Hugo 'Polaco', Carlos Jamaica, Vítor Aleixo, Vítor Aleixo (filho), José Pereira, Fábio Sousa, Hugo Fanfas e José Dias - vão responder em sede de julgamento pelos crimes dos quais estão acusados, a maioria deles em coautoria.
Filipa Azevedo, a magistrada que está a conduzir o processo, entendeu que as provas do Ministério Público são devidamente fundamentadas e, como tal, decidiu-se pelo despacho de pronúncia nesta fase instrutória, o que faz com que todos os 12 arguidos da Operação Pretoriano vão a julgamento.
A juíza explicou, no início da sua intervenção, que rejeitou o pedido de nulidade da instrução que havia sido requerido por parte de um dos arguidos, acrescentando ainda que os indícios são mais do que suficientes para levar o processo a julgamento.
Sandra Madureira e Fernando Saúl foram alguns dos arguidos que fizeram questão de marcar presença no TIC do Porto, ao contrário, por exemplo, de Vítor Catão, que se fez representar pelo seu advogado.
Ainda durante esta tarde deverá ser também conhecida a decisão relativamente às medidas de coação de Fernando Madureira, que podem, ou não, ser revistas. O antigo chefe da claque do FC Porto é o único que está em prisão preventiva.
Recorde-se que a Operação Pretoriano está relacionada com os incidentes ocorridos na Assembleia Geral do FC Porto realizada a 13 de novembro de 2023, sendo que os arguidos estão acusados de vários crimes, entre os quais 19 de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física, três de atentado à liberdade de informação, um de instigação pública a um crime e um de arremesso de objetos ou produtos líquidos.
Notícia atualizada às 15.50 horas