O líder saltou mais alto para mostrar como se ganha (crónica)
Rúben Fernandes fez o golo da vitória frente ao Nacional (MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA)

Gil Vicente-Nacional, 2-1 O líder saltou mais alto para mostrar como se ganha (crónica)

NACIONAL07.12.202417:58

Rúben Fernandes fez o 2-1 na última jogada da partida

Quatro derrotas depois, o Gil Vicente volta a vencer na Primeira Liga. Rúben Fernandes garantiu, na última jogada da partida, a vitória frente ao Nacional, por 2-1.

O tempo pouco acolhedor terá sido, certamente, um dos fatores para que os adeptos do Gil Vicente não tenham respondido em massa ao apelo de Bruno Pinheiro, que havia pedido uma casa cheia no Estádio Cidade de Barcelos para a receção ao Nacional.

A escassez de elementos na plateia não se revelou problemática. O Gil entrou mais forte na partida, muito suportado na competência do meio-campo, com Santi, o regressado Cáseres, primeira vez titular no campeonato e o criativo Fujimoto. Pouco tempo foi necessário para que a contagem começasse, com o japonês a assistir Santi para o primeiro golo, um cabeceamento perfeito para bater Lucas França.

A linha de 4 que Tiago Margarido promoveu na defesa, com Gustavo García a fechar pela direita e José Gomes pela esquerda, não acertou logo de início. Fujimoto podia, inclusivamente, ter somado nova assistência, não fosse o remate de Félix Correia - um dos mais apagados em campo - sair demasiado desenquadrado. Foi preciso esperar pela meia-hora de jogo para que o Nacional criasse perigo, com Dudu Teodora a rematar sem direção mesmo no coração da área, mas não sem permitir que os da casa conseguissem criar perigo.

O intervalo foi uma bênção para o Nacional, que entrou mais intenso e a procurar mais Luís Esteves, capitão até à entrada de João Aurélio e o mais criativo do conjunto. Andrew pouco foi posto à prova e, ao minuto 50, nada pôde fazer para evitar que Ulisses, de calcanhar, encostasse para o empate.

O golo foi galvanizador para os visitantes, mas o ímpeto depressa se esfumou, para dar lugar a mais equilíbrio. Não deixou, contudo, de ser o emblema insular a aproximar-se mais da baliza adversária, com Luís Esteves e Matheus Dias a criarem perigo na mesma jogada.

Os últimos 15 minutos da partida perderam a clareza, com muitos passes falhados e dribles não conseguidos de parte a parte. Jogava-se com o coração e, no último momento, o grito do líder rugiu mais alto: Félix Correia cruzou e, nas alturas, o capitão Rúben Fernandes aproveitou a última jogada da partida para fazer o 2-1 final. Acabou a série negativa do Gil Vicente, que levava quatro derrotas consecutivas no campeonato. O Nacional fica em situação mais sensível na tabela.