«O dia em que tomei a decisão de sair do Sporting foi um dos mais difíceis da minha vida»
Sebastián Coates. MIGUEL NUNES

«O dia em que tomei a decisão de sair do Sporting foi um dos mais difíceis da minha vida»

NACIONAL25.07.202409:51

Sebastián Coates revela do que vai ter mais saudades em Alvalade

Sebastián Coates está de partida do Sporting e deu uma entrevista ao Jornal Sporting e à SportingTV antes da despedida, este sábado, no Troféu Cinco Violinos. Nela, o central uruguaio admite que a decisão de sair foi das mais difíceis que já tomou.

«De certa forma, é fechar um ciclo. O dia em que tomei a decisão foi um dos mais difíceis da minha vida, sem dúvida. Tenho muitas coisas aqui, passei muitos anos no clube, conheço-o. No entanto, quando tomo uma decisão, seja a correta ou não, faço o que acredito que seja melhor para a minha vida e para a minha carreira. Por muito que me custe, acho que é a decisão correta», afirmou.

Questionado sobre do que vai sentir mais saudades, Coates, que está de regresso ao Nacional de Montevideu, respondeu: «De tudo. Não há apenas uma coisa. Vou ter saudades de ser jogador do Sporting, de representar este clube, de ir todos os dias para a Academia, de jogar aqui. Tive muitos companheiros que me ajudaram neste percurso no clube e também vou ter muitas saudades deles.»

O central, que vestiu durante oito anos e meio a camisola verde e branca, revelou ainda que, desde que soube que ia sair, evitou as despedidas: «Tentei não estar tanto na rua e afastar-me um pouco das emoções que muitos podem ter. É uma decisão difícil para mim e mexe comigo. Espero aproveitar no dia 27, vai ser um jogo muito emocionante e difícil para mim.»

Para o defesa-central, deixar o Sporting não é um adeus definitivo. «Fui sempre bem-recebido, assim como a minha família, e fui ganhando carinho pelo clube. Os anos foram passando e eu sabia que algum dia ia chegar a saída. É um ‘até já’», explicou.

Coates confirmou também que os filhos ficaram adeptos dos leões: «Também por isso é um ‘até já’. Vamos voltar aqui em algum momento, mas agora como adeptos.»

O uruguaio disse ainda que «foi um orgulho enorme» usar a braçadeira de capitão do Sporting: «Não sou português, sou um estrangeiro que chegou a um clube gigante em Portugal. Foi também um sinal de que a equipa confiou em mim e é uma responsabilidade linda. Gosto desse tipo de responsabilidade, de ajudar algum companheiro quando precisa.»

Sublinhando que o Sporting «foi o clube perfeito» para a sua carreira, ‘Seba’ quis agradecer aos sportinguistas pelo apoio incondicional. «Obrigado a todos. Quando as coisas não me correram bem sempre recebi o apoio deles. Digo sempre aos meus amigos do Uruguai que nunca tinha estado num clube onde o objetivo maior foi falhado durante quase 20 anos e os adeptos sempre nos apoiaram e acreditaram nas equipas. Não há muitos lugares onde se veja isso», concluiu.