O dado estatístico que 'põe' Arthur Cabral no onze do Benfica em Vizela
Avançado tem ordem para arrancar em Vizela, depois de beneficiado com a pausa para os jogos das seleções. Marcou sempre ao quarto jogo nas épocas de estreia na Europa
Arthur Cabral foi dos jogadores para quem a pausa para as seleções mais benefícios trouxe. O brasileiro aproveitou este tempo para se adaptar ao contexto mas também às ideias de Roger Schmidt, diferentes do que viveu nos últimos anos na Fiorentina de Vincenzo Italiano.
Se nada de anormal ocorrer até lá, o ponta de lança deverá voltar à titularidade em Vizela, neste sábado, em jogo da 5.ª jornada da Liga, depois de ter realizado apenas 7 minutos na goleada (4-0) em casa frente ao V. Guimarães, em que Musa foi o titular naquela posição.
O facto de ter trabalhado nesta semana com Rafa, João Mário e Neres, que tão bem conhecem as dinâmicas ofensivas e de pressão atacante que o técnico germânico tanto preza, é um dado que ajuda à integração de Arthur Cabral, que chegou à Luz denotando algum desfasamento. Isso mesmo foi reconhecido por Rui Costa, no balanço do mercado que fez em entrevista à BTV. «Temos de lhe dar tempo para se adaptar à nova realidade», disse o presidente do clube, otimista quanto ao rendimento do futebolista de 25 anos: «Estava identificado desde o tempo do Basileia e também o Roger Schmidt o tentou levar para o PSV. Tem as condições ideais para jogar no nosso estilo de jogo.»
Onze ideal é para agora
A possível titularidade de Cabral enquadra-se no desejo de Schmidt em definir o mais rapidamente o seu onze base. Apesar de ter recentemente assumido que poderá fazer maior rotatividade em comparação com a época passada, pretende primeiro ter a base totalmente estabelecida. Não por acaso afirmou, no final da partida diante dos vimaranenses, antecipando o regresso à competição após a pausa para as seleções: «A partir de agora é que a época vai começar.»
Três jogos em branco
Analisando o percurso de Arthur Cabral na Europa, há um padrão: o avançado precisou sempre de quatro jogos para se estrear a marcar. Foi assim no Basileia em 2019 (faturou frente ao Zurique depois de ficar em branco com o Meyrin, Krasnodar e Young Boys) e na Fiorentina em 2021 (golo ao Spezia após Nápoles, Lazio e Sassuolo sem assinar a folha de goleador). Pelas águias soma três jogos em branco. Irá manter o traço identitário neste fim de semana?
Jonas, o último grande avançado brasileiro do Benfica, acredita que sim. Mas em entrevista a A BOLA deixou-lhe um conselho: «Tem de adaptar depressa à necessidade de ganhar tudo que implica estar no Benfica.» Vizela pode ser o arranque.