O calendário, memórias de Feyenoord e a relação com Lage: tudo o que disse Aursnes

Médio benfiquista esteve na conferência de imprensa de antevisão ao duelo onde vai enfrentar a equipa que representou antes de chegar à Luz; norueguês comenta o estilo de jogo de Bruno Lage, a forma como atua ao lado de Kokçu e a atual sobrecarga de jogos no futebol

–  Qual a importância pessoal deste jogo, e como se sente pelo facto de o Benfica estar a jogar enquanto está no topo da Liga dos Campeões?

– Será um jogo muito importante para mim, contra o meu clube anterior, sei perfeitamente que têm capacidade para fazerem um bom jogo. Ainda nos faltam seis encontros, mas agora só estamos focados neste jogo de amanhã.

– Sente-se agora mais confortável na nova posição ao jogar no meio-campo e foi estranho, para si, jogar em várias posições na época passada?

– Estou confortável agora. É a posição que melhor conheço ao longo da minha carreira. Sobre a época passada, estava de mente aberta, sempre estive disponível para jogar em qualquer posição e mantenho esse estado de espírito, o que o treinador pedir, eu faço. Na época passada isso não foi um problema para mim. Agora o treinador queria que eu jogasse nesta posição e eu tentei dar o meu melhor, como sempre.

– Tem boas memórias do Feyenoord e que diferenças vê entre o campeonato português e o neerlandês?

– São um pouco parecidos, cada um com três ou quatro grandes equipas, com mais dinheiro do que as restantes. Se virmos o ranking da UEFA as ligas também são equiparadas e na qualidade também. Tenho boas memórias do Feyenoord, foi uma experiência muito boa na única época em que lá estive, na liga e na final da Liga Conferência, que não correu bem, mas tive lá muitos bons momentos.

– Na sua opinião, o que aconteceu com a chegada de Bruno Lage à equipa, que desde então só tem ganho os jogos?

– Ele veio cheio de energia e de entusiasmo, o estilo de jogo encaixa bem com a equipa e ele foi sempre claro e honesto na forma como quer que nós joguemos e isso torna tudo mais fácil para os jogadores, sabermos as direções que estamos a seguir.

– Jogando com Kokçu no meio-campo, faz lembrar os tempos em que jogaram juntos no Feyenoord?

– Um pouco, já joguei com ele na época passada, sei o quão bom ele é, todos sabemos os seus pontos fortes aqui no Benfica e quando se é bom jogador é mais fácil jogar. Ele se calhar não teve o melhor início, mas agora todos o compreendem.

– Já não joga na seleção da Noruega, agora que há cada vez mais jogos, o que acha sobre o aumento do número de jogos por temporada?

– São muitos jogos e uma das razões pelas quais desisti da seleção norueguesa foi um pouco por causa disso. Jogando em várias competições ao mesmo tempo não temos tempo para descansar, tanto o físico como a cabeça. É bom descansar, estar com família e amigos em vez de estar sempre a jogar. Quando se joga com a seleção, a Liga, a Liga dos Campeões e as taças, há um jogo a cada três ou quatro dias durante o ano todo. É algo que os jogadores sentem e que tem de ser abordado.

– Como é que se desenvolveu como jogador ao longos dos últimos dois anos no Benfica?

– Sinto que tenho ganho muita experiência aqui ao mais alto nível. Quando cheguei ao Feyenoord, antes só tinha jogado na Noruega e era a minha primeira experiência no estrangeiro. Aqui é normal que melhore, jogo com bons jogadores, contra adversários fortes, então espero continuar a crescer.

– O Benfica ganhou 5-0 ao Feyenoord na última pré-época, qual é a impressão que tem sobre o Feyenoord atual?

– Não pensamos nesse jogo, esse foi um encontro particular e esta será uma partida totalmente diferente, para a Liga dos Campeões.