Nos últimos 10 anos a Grécia teve 7 selecionadores e 0 qualificações

Ao período de ouro da seleção da Grécia (2004 a 2014) seguiu-se período bem negro. Ausente das fases finais de dois Mundiais (2018 e 2022) e três Europeus (2016, 2020 e 2024). Gustavo Poyet deve estar de saída de selecionador

A seleção da Grécia não é pródiga em grandes feitos, excluindo, claro, (argh!) o Campeonato da Europa de 2004. Até à entrada no Século XXI contam-se pelos dedos de uma só mão as presenças em fases finais de grandes competições. E nem são precisos os dedos todos: Europeu de 1980 (Itália) e Mundial de 1994 (Estados Unidos). Em ambos os torneios não passou da fase de grupos.

De 2000 para cá, mesmo com o aumento do número de seleções presentes em fases finais de Europeus de 16 para 24, a Grécia esteve presente em apenas mais cinco fases finais: Europeus de 2004, 2008 e 2012 e Mundiais de 2010 e 2014. Três com o alemão Otto Rehhagel no comando (2004, 2008 e 2010) e duas com o português Fernando Santos (2012 e 2014), os dois selecionadores mais marcantes da seleção helénica.

Desde a vitória no Euro organizado por Portugal em 2004 até à saída de Fernando Santos, a Grécia não falhou, pois, qualquer fase final. Foi, de forma clara, o período mais marcante do futebol helénico, alicerçado em jogadores como Karagounis, Zagorakis, Katsouranis, Torosidis, Basinas, Nikopolidis, Papastathopoulos, Charisteas (argh!) ou Salpingidis.

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Porém, terminado o Mundial-2014 no_Brasil, com a presença nos oitavos de final (única vez em passou a fase de grupos), nunca mais a Grécia atingiu qualquer fase final, seja em Europeus ou em Mundiais. Em 2016, 2018, 2020, 2022 e agora em 2024 foi sempre eliminada nas qualificações. Sete treinadores desde a saída de Fernando Santos (Claudio Ranieri, Sergio Markarián, Kostas Tsanas, Michael Skibbe, Angelos Anastasiadis, John van Schip e Gustavo Poyet) e zero qualificações. Anteontem, no playoff de qualificação para o Euro-2024, foi eliminada pela Geórgia, que se classificou pela primeira vez para uma grande competição.

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O afastamento foi tão dramático quanto inesperado. O uruguaio_Gustavo Poyet, selecionador da Grécia desde fevereiro de 2022, estava devastado. «Não foi o que eu estava à espera, pois a Grécia está há muito tempo sem estar numa fase final de um Europeu. O meu futuro? Preciso de cinco dias para pensar, esta não é a altura ideal para falar nisso», disse.

Logo de seguida, porém, abriu um pouco a porta sobre aquilo que poderá ser o seu futuro. «Para mim foi um privilégio ter sido selecionador da Grécia. Trataram-me sempre muito bem e apoiaram-me muito, dentro e fora da equipa. Agora temos de acalmar, descansar e preparar o futuro», esclareceu.

A finalizar, voltou a abordar as recentes eliminações: «Não tivemos sorte nos últimos dois anos, nem mesmo no sorteio dos play-off. Os jogadores fizeram tudo o que podiam. Em dois jogos não sofremos qualquer golo, mas não vamos à Alemanha.É ingrato, sim, mas é futebol.»

É tempo agora para pensar na qualificação para o Mundial-2026.Provavelmente sem Poyet.

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