«Não tive qualquer problema de adaptação ao Benfica»

NACIONAL17:35

Leandro Barreiro, distinguido no Luxembrugo como 'Desportista do Ano' em 2023, abordou os primeiros tempos em Lisboa e a relação «positiva» com os adeptos benfiquistas

Leandro Barreiro, médio do Benfica, foi distinguido no Luxemburgo, para onde viajou a fim de juntar-se à seleção, que tem compromissos da Liga das Nações com Bulgária, este sábado, e Bielorrússia, a 15 de outubro.

O benfiquista recebeu o prémio correspondente a 'Desportista do Ano 2023', atribuído pelos media desportivos. «É um sinal positivo. É um prémio para todos os atletas e não apenas para os futebolistas. É um prémio pelo trabalho que fiz nas minhas equipas. Não estaria aqui sem os meus colegas de equipa, por isso é uma espécie de prémio coletivo. Isso deixa-me feliz», começou por dizer, em declarações reproduzidas pela publicação Tageblatt.

Barreiro é apenas o quinto futebolista, em quase 70 anos de história da distinção, a ser distinguido como 'Desportista do Ano' no Luxemburgo. «Significa muito. Se pensarmos bem, é raro os futebolistas receberem este prémio, porque há muitos desportistas luxemburgueses com bom desempenho. Fico feliz por ver que as minhas conquistas foram tão bem recebidas e que as pessoas acham que mereço este prémio», sublinhou.

O médio considera o ano de 2023 «muito positivo» e falou da importância dos pais, que estiveram na cerimónia: «Sem os meus pais, nada do que consegui teria sido possível. Poderia falar durante duas horas sobre os sacrifícios que fizeram por mim. Apoiaram-me sempre para que eu me pudesse concentrar-me no futebol. Os meus pais educaram-me bem, ensinaram-me o que é preciso para alcançar algo. Estou muito grato pelo seu amor e apoio, que sempre pude sentir ao longo do meu percurso. Os meus pais estão muito orgulhosos do que eu consegui no futebol. Mas ficam ainda mais orgulhosos quando as pessoas falam bem de mim como pessoa. Para eles, o carácter e a personalidade são as coisas mais importantes.»

Leandro Barreiro premiado (Tageblatt)

Devido à mudança do Mainz para o Benfica, a vida sofreu mudanças. «Na verdade, estou a lidar muito bem com esta situação. Também tenho familiares em Portugal e os meus pais visitam-se com muita frequência em Lisboa. Até agora, temos conseguido gerir isso muito bem. Sempre foi meu objetivo jogar internacionalmente e viajar faz parte disso. Isso não me incomoda. Estou muito feliz por ter chegado a este nível. Gosto de jogar de três em três dias. Como jogamos mais vezes e treinamos menos, o ritmo é completamente diferente», explicou.

Barreiro aborda também a vida em Portugal: «Em abril, tive dois dias para voar para Lisboa e ver onde iria viver no futuro. Por causa dos meus familiares, estive várias vezes na cidade nos últimos anos, por isso Lisboa não me era estranha. Do ponto de vista climático, a mudança é positiva. Também não demorei muito tempo a sentir-me confortável em Lisboa. Falo a língua e, como o mundo do futebol é pequeno, encontramos sempre algum denominador comum com os nossos novos colegas de equipa. Isso cria temas de conversa e, gradualmente, ficamos a conhecer-nos melhor. Não tive qualquer problema de adaptação.»

O jogador do Benfica garante que anda descansado na rua. «Em Mainz, tudo era muito calmo e tranquilo. As pessoas ficavam contentes por ver um jogador, queriam tirar uma fotografia, mas havia sempre uma certa distância. Em Lisboa, tudo é diferente, pois os adeptos vivem ainda mais o clube. Até agora, no entanto, não tive qualquer problema em sair à rua. Posso ir à praia ou a um restaurante sem qualquer problema. E quando as pessoas me reconhecem, os encontros são muito positivos. Ficam contentes por eu estar aqui e felicitam-me.»

Por fim, o estatuto no Luxemburgo depois de assinar pelo Benfica: «Quando estou aqui, estou normalmente com os meus colegas de equipa que conheço há anos. Com eles, sou apenas o Leo. Não importa se jogo no Mainz ou na Liga dos Campeões. Eu não mudei. As pessoas de fora podem ver-me de forma diferente por estar agora a jogar no Benfica. Mas eu não reparo em nada disso, porque não tenho muito tempo para fazer mais nada além do futebol no Luxemburgo. Mas quando tiro fotografias com os adeptos e falo com eles, noto que gostam de mim. Mas isso também acontecia nos tempos do Mainz.»