Não há chaves para trancar o caminho da baliza ao Portimonense
Percebeu-se o porquê dos flavienses terem a pior defesa do campeonato; algarvios construíram na 1.ª parte e controlaram na 2.ª
Muito trabalho espera Moreno. Em Portimão, ficou mais uma vez evidente o porquê de os flavienses terem a pior defesa do campeonato. Há muito facilitismo atrás, com muitas brechas dadas aos adversários em zonas de finalização, bem evidentes no segundo golo dos algarvios, em que Ronie Carrillo finalizou em queda, quase sentado! O treinador vai ter que arranjar cadeados, correntes ou mais qualquer coisa para trancar e fechar os caminhos para a sua baliza e esconder bem as chaves!
Os algarvios viveram uma primeira-parte tranquila. Paulo Sérgio alterou o sistema, deixou de lado um esquema com três centrais e armou a sua equipa em 4x2x3x1, com Maurício ao lado de Dener, adiantando Carlinhos. E, com médios com este calibre e experiência, ganhou os duelos a meio-campo e rapidamente a bola era colocada a circular pelas alas, à procura de Romie Carrillo, avançado equatoriano que voltou ao onze. Foi assim quando Hélio Varela abriu a contagem, numa recuperação de Maurício, que colocou de imediato em Relvas, para servir Hélio Varela que finalizou numa diagonal, com a bola ainda a desviar em Cafu Phete, antes de entrar. Não bastava as dificuldades defensivas dos flavienses, a sorte também não esteve com os transmontanos, neste lance.
Sintomático das aberturas que o Chaves estava a dar, principalmente pelo lado direito, foi a troca que Moreno fez ao intervalo dos três jogadores que atuaram nessa banda, na tentativa de anular as investidas de Hélio Varela. Em parte, conseguiu, e a sua equipa foi mais ofensiva, embora concedesse espaços que com melhor definição, o Portimonense poderia ter ampliado. No entanto, o alvo esteve mais perto e até foi alcançado perto do final, mas o tempo já era curto para que a reação fosse mais produtiva.
Daniel Silva não teve situações muito complicadas para ajuizar.