Não foi fogo de artifício, mas há fogachos de Hélder Costa (destaques do Estoril)
Hélder Costa festeja o golo marcado frente ao Moreirense com os companheiros (MIGUEL A. LOPES/LUSA)

Estoril-Moreirense, 2-2 Não foi fogo de artifício, mas há fogachos de Hélder Costa (destaques do Estoril)

NACIONAL28.12.202420:57

Extremo do Estoril fez a melhor exibição da época

O melhor em campo: Hélder Costa (7)

O internacional angolano (e português) chegou à Amoreira no início da época com estrondo e parecia prometer ser um dos reforços do ano. Os primeiros meses foram de desilusão de um jogador que já prometeu tanto, mas diante do Moreirense fez a melhor exibição da época. Teve influência nos dois golos, marcando um e conquistando o penálti noutro. Mas também se viu a pressionar com rigor, a defender e compensar as falhas de companheiros. Com a passagem de ano a aproximar-se, ainda não é fogo de artifício, mas já se viram bons fogachos do bom e velho Hélder Costa. Ainda vai a tempo de rebentar!

Joel Robles teve um daqueles jogos ingratos. Não teve muito trabalho e sofreu dois golos sem qualquer culpa. Já o capitão Pedro Álvaro foi o rosto da intranquilidade. Esteve infeliz duas vezes no lance do primeiro golo do Moreirense e parece não se ter recomposto, com várias ações disparatadas. Pelo contrário, Boma foi batido pela velocidade de Gabrielzinho no golo inaugural, mas depois não voltou a deixar-se enganar pelos homens rápidos do Moreirense.

No miolo, o jogo passa todo pelos pés de Holsgrove. Sem ser decisivo como já foi noutros jogos dos canarinhos, é dele o remate que sobra depois para Hélder Costa fazer a reviravolta em cima do intervalo, além de várias iniciativas com qualidade. Esteve bem acompanhado por João Carvalho que não sabe jogar mal.

A velocidade de Fabrício nas alas foi uma das armas mais recorrentes da equipa, e mostrou bom entendimento com Hélder Costa, como se viu no lance do penálti conquistado pelo angolano.

Marqués, alternou entre ações de grande valor – como primeiro defensor, por exemplo – e decisões disparatadas que mataram alguns ataques. Nota de destaque ainda para os regressos após leões prolongadas de Pedro Amaral e Xeka, que entraram ambos aos 62’, a mostrar que Cathro sentiu a falta deles.

Begraoui também saltou do banco cheio de vontade de mexer com o jogo e mostrar que merece mais oportunidades e só lhe faltou melhor acompanhamento na hora de finalizar.