Arouca-V. Guimarães, 0-1 Não é só na Europa que este Vitória convence (crónica)
Aos três triunfos na Liga Conferência, conquistadores somam mais um êxito, este na estreia na Liga. Nélson Oliveira fez o único golo da partida. Arouca bem tentou contrariar a superioridade dos visitantes
A 18 de maio deste ano, o Vitória de Guimarães foi ao Municipal de Arouca vencer (por 3-1) a equipa local. E ontem, 85 dias depois desse jogo da 34.ª (e última) jornada da Liga que coroou o Sporting como campeão nacional, as mesmas equipas voltaram ao mesmo palco para a derradeira partida da ronda inaugural do Campeonato de 2024/2025.
E foram os conquistadores que, uma vez mais (a quinta em oito visitas à Serra da Freita para a Liga, sendo que nas restantes três houve empate), sorriram, graças ao êxito por 1-0, o quarto em outros tantos jogos oficiais esta época — 1-0 (fora) e 4-0 (casa) frente aos malteses do Floriana e 3-0 na Suíça, diante do Zurique, duelos das pré-eliminatórias da Liga Conferência.
Antes da partida, minuto de silêncio (que terminou com onda de aplausos) em memória de José Manuel Constantino, presidente do COP que faleceu na noite de anteontem. E os aplausos da enorme falange de apoio vitoriana presente em Arouca voltaram a ecoar aos 3', remate perigoso de Samu.
À melhor entrada do Vitória, respondeu Sylla aos 9', remate ao poste da baliza de Bruno Varela. Estava dado o mote para um belo jogo, em particular os primeiros 45'.
Aos 14', um cruzamento de João Mendes colocou Weverson em dificuldades e após vários ressaltos a bola sobrou para Nélson Oliveira, que à matador fez o 0-1.
Com novo treinador e 10 caras novas no plantel (e sem o lesionado Cristo González, mais as saidas de vários jogadores nucleares, como Mújica, Opoku e Rafael Fernandes), o Arouca procurou reagir, Sylla, aos 25', voltou a tentar a sorte de meia-distância, mas foi Kaio César a estar perto do segundo golo, aos 31', valendo a defesa de Mantl.
Na segunda parte, viu-se um conjunto local com outra atitude, mais determinado na procura e na reação à perda da bola, mas do outro lado esteve um Vitória com ritmo competitivo mais elevado e que fechou bem os espaços da baliza à guarda de Bruno Varela.
Os minutos iam passando e sentia-se que o 2-0 estaria mais perto do que o 1-1. Na verdade, o Arouca foi incapaz de criar perigo, enquanto o Vitória não chegou ao segungo golo porque Chuchu Ramírez falhou, aos 85', um golo cantado após assistência açucarada de Ricardo Mangas. Com excelente arbitragem de Gustavo Correia (expulsou bem Matías Rocha), no final ganhou a melhor equipa. E quando assim é...