Nacional vence Belenenses e fica mais próximo da subida
Rúben Macedo (Nacional)

Nacional vence Belenenses e fica mais próximo da subida

NACIONAL28.04.202417:53

Nacional dá passo em frente e passa teste no Restelo com uma vitória por 3-1; Resultado construído na primeira parte; Insulares mais perto do sonho da subida e azuis cada vez mais longe de uma permanência

Jogo agradável no Restelo. Duas equipas com processos bem definidos, sem amarras, ambiciosas, que, nos instantes iniciais, escondiam bem a diferença dos alargados 33 pontos na tabela. O Belenenses no fundo, a lutar pela sobrevivência, o Nacional, por sua vez, com os olhos postos na subida. Prevaleceu a lei do mais forte, a equipa insular, que mostrou maior solidez e eficácia.

A história do jogo foi mesmo esta. Um Belenenses acutilante, com muito querer, vontade, destemido, frente a um adversário mais objetivo, experiente e que soube explorar, de forma inteligente, as (imensas) fragilidades defensivas dos azuis que, ao primeiro sopro, acabaram por ruir. E se o Belenenses criou, na etapa inicial Rúben Pina (1’ e 24’), Rui Correia (28’) e Tiago Manso (43’) tiveram tudo para serem felizes, o Nacional, em quatro remates à baliza de David Grilo, fez… três golos.

O resultado ficou fechado nos primeiros 45 minutos. A penalizar um setor defensivo dos azuis muito permeável, a conceder demasiados espaços, com um nervosismo evidente perante uma linha ofensiva insular de enorme mobilidade e qualidade. Com dois homens-golo, Chuchu Ramírez e Gustavo da Silva (juntos somam 28 golos esta época), que no Restelo voltaram a deixar marca, além de Rúben Macedo que proporcionou um dos momentos da tarde com um golo de belo efeito, em arco, a conseguir bater David Grilo. Nas contas faltou apenas o golo de Midana Sambú, nos instantes finais, que acabou por premiar a entrega de uma equipa que lutou muito para ser (mais) feliz.

Nota final: o Nacional voltou a provar que atravessa um dos momentos de maior fulgor da época. Uma equipa que joga quase de olhos fechados, madura, e que apresenta uma solidez que mantém a crença no desejo de uma subida e que no Restelo, depois do empate do Santa Clara diante do FC Porto B (2-2), aproximou-se dos açorianos no topo da classificação.

Já o Belenenses, por sua vez, apesar dos sinais positivos das últimas jornadas, voltou a deslizar. E o espaço de manobra é cada vez menor. E na próxima ronda, convém lembrar, tem uma viagem aos Açores para esgrimir forças com o líder do campeonato…

Treinadores

Mariano Barreto
(Treinador do Belenenses)

«Claro que existe mérito do Nacional que soube aproveitar algumas das nossas más decisões. Penso que o primeiro golo foi contra a corrente do jogo e o segundo acaba por surgir em mais uma má decisão. Curiosamente num jogo em que entramos bem, o primeiro lance de perigo é nosso, ainda conseguimos marcar mas era um lance de fora de jogo e no geral foi um jogo bem disputado diante de um adversário com outra realidade, mais forte do ponto de vista técnico e físico e a sua experiência acabou por vir ao de cimo. A manutenção? Acreditamos que é possível, os adeptos também. Já estivemos a oito e agora estamos a um…»

Tiago Margarido
(Treinador do Nacional)

«Foi uma vitória importante sobretudo olhando para esta fase da temporada, mas são apenas três pontos e só no final faremos contas. Estou muito satisfeito porque conseguimos ser um equipa com a mesma atitude que habitualmente temos em casa. Conseguimos fazer isso num campo muito complicado, um Belenenses que é muito forte nos corredores, mas fomos uma equipa solidária e foi uma grande exibição Nacional»

Melhor em campo: Gustavo da Silva (Nacional)

Veloz, objetivo, com passada larga e muito sentido de baliza. Um golo de belo efeito, outra grande ocasião (bola no ferro aos 73’), perigo à solta para os azuis.