Roma Mourinho persegue marca histórica em Budapeste (está empatado com Trapattoni)
José Mourinho já está na história da UEFA. Há um ano, em Tirana, na edição inaugural da Liga Conferência, o treinador português igualou o recorde de títulos nas principais provas europeias (excluindo Intertoto, Supertaça e Taça Intercontinental, mais curtas), que pertencia a Giovanni Trapattoni: cinco.
O antigo treinador do Benfica venceu a Taça dos Campeões (1985), a Taça das Taças (1984) e a Taça UEFA (1977 e 1993) com a Juventus e outra Taça UEFA (1991) com o Milan. Mou começou a série no FC Porto (Taça UEFA em 2003 e Liga dos Campeões em 2004), prosseguiu-a no Inter (Liga dos Campeões de 2010), no Manchester United (Liga Europa de 2017) e na Roma (Liga Conferência de 2022). Se levar a equipa italiana a novo triunfo, na final da Liga Europa, amanhã, contra o Sevilha, em Budapeste (Hungria), Mourinho conseguirá o que nunca ninguém conseguiu. E venceu sempre que chegou à final...
Mesmo contabilizando as competições menores - Mourinho não tem nenhuma, perdeu três Supertaças Europeias (com o FC Porto em 2003, o Chelsea em 2013 e o United em 2017) -, os seis troféus deixá-lo-iam no 4.º lugar de sempre, ao lado de Arrigo Sacchi e atrás de Ancelotti (nove, com uma Intertoto e quatro Supertaças), Trapattoni (sete, tem uma Intercontinental e uma Supertaça) e Alex Ferguson (sete, incluindo duas Supertaças e uma Intercontinental).
E não seria o único feito. Em caso de triunfo, torna-se o primeiro treinador a vencer a Liga Europa (ou Taça UEFA, como se chamou até 2009) por três clubes. Trapattoni também tem três títulos, mas com dois clubes - Juventus e Milan. Unai Emery ganhou a prova quatro vezes, com Sevilha (três) e Villarreal (uma).
Mourinho, no entanto, não quer ficar por aqui. Aos 60 anos, recorde-se o que disse. «Não penso muito no que venci na carreira. O passado fica, a história não pode ser apagada, mas olho sempre para o futuro. As pessoas provavelmente pensam que sou mais velho do que realmente sou, porque já ando aqui há muito tempo e porque veem os meus cabelos brancos. Mas não estou pronto para fechar o círculo, vão ver-me ainda muitos anos», garantiu em entrevista à UEFA, citado pela Sky Italia, na qual defendeu que a presença numa segunda final europeia seguida já é um grande feito: «Só os clubes com uma grande história costumam consegui-lo, e mesmo para eles não é fácil. Para nós tem um valor tremendo.»