Técnico português explica que tinha «saudades» de não poder perder pontos e lutar para vencer o campeonato
José Mourinho explicou a sua decisão em rumar ao Fenerbahçe, que passa por voltar a lutar para conquistar um campeonato, mesmo que seja o turco, algo que não aconteceu nos seus últimos dois clubes:
«Eu tinha saudades de jogar para ganhar. A Roma não jogava para ganhar, não jogava para ganhar porque vocês dizem que quando eu estou joga sempre para ganhar, mas não é verdade. Tanto que não era verdade que desde que eu saí até ao final do campeonato, nada mudou, aquilo que nós conseguimos nas competições europeias foi um bocadinho fora da caixa, mas a nível nacional não tínhamos condições para competir. O Fenerbahçe, como é normal, a nível europeu terá as suas dificuldades, mas a nível nacional é historicamente Fenerbahçe, Besiktas e Galatasaray, alguma vez o Trabzonspor ali na luta pelo campeonato, que é uma coisa que me motiva, já não tive na Roma, não tive no Tottenham, e tenho saudades de não poder perder pontos e ter de jogar sempre para ganhar», justificou-se, em entrevista rápida à RTP.
O português tem agora esse objetivo, mas também garantir o apuramento para a fase de grupos da nova Liga dos Campeões, sendo que para isso terá de passar por três eliminatórias: «São três play-offs e para além dos três play-off são oito jogadores que estão no Euro. O primeiro play-off joga-se a 22 de junho e eu a pedir a todos os santos que eles sejam eliminados o mais rapidamente possível do Euro, porque arrisco ter de jogar, principalmente a primeira eliminatória, contra o Partizan ou o Lugano, que não é fácil. O guarda-redes já falei com ele ontem, já lhe disse, mesmo que vás à final, no dia seguinte é Istambul e tens de jogar.»
Mourinho aproveitou o jogo amigavél entre Portugal e a Croácia, de preparação para o Euro 2024, no Jamor, para visitar a seleção croata e o seu novo jogador, o guarda-redes titular (de clube e seleção) Livakovic: «Eu venho aqui com os olhos para um guarda-redes croata que é meu, quero conhecer o melhor posível e estar aqui os 90 minutos com os olhos sobre ele. É uma boa oportunidade.»
Por fim, ao contrário do que foi falado, o técnico negou os 60 milhões de euros que tem de orçamento para atacar o mercado de verão: «Ninguém me disse nada disso, em absoluto. Não há um orçamento, a nível nacional podemos considerar que temos uma boa equipa, no topo do campeonato até ao fim, até ao último jogo, ficou com quatro pontos de diferença do Galatasaray. A nível interno é uma boa equipa, mas obviamente que se queremos tentar ser campeões e fazer alguma coisa de interessante na Europa, seja na Liga Europa ou na Liga dos Campeões, precisamos de qualquer coisa. O diretor é um homem com experiência, conhecedor da realidade do futebol turco, só amanhã sabemos quem é. Obviamente que havia empatia mais com um candidato à presidência, porque tive conversações mais prolongadas, mas o facto de os três me quererem também foi uma coisa que me motivou.»
Técnico português pretende fazer grandes contratações para atingir os seus objetivos, que são garantir a presença na Liga dos Campeões e voltar a vencer o campeonato