Mourinho e a UEFA: «É uma batalha que nunca poderei vencer»
José Mourinho
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Mourinho e a UEFA: «É uma batalha que nunca poderei vencer»

INTERNACIONAL29.10.202421:19

Treinador português lembrou final da Liga Europa perdida ao serviço da Roma e o jogo frente ao Manchester United, na passada semana

A relação entre José Mourinho e a UEFA deixou de ser saudável há alguns anos. O treinador português já criticou o organismo que tutela o futebol europeu em diversas ocasiões e, numa entrevista à Sky Sports, não perdeu a oportunidade de o fazer mais uma vez: «A sensação é que estou em apuros na Europa. Perdi uma final de uma forma que ainda não aceito e, desde então, sinto-o.»

Mourinho está a referir-se à final da Liga Europa de 2023, onde a Roma, equipa que orientava, perdeu contra o Sevilha (1-1; 4-1 g.p.). Nessa partida, o treinador reclamou de um penálti que o árbitro Anthony Taylor não assinalou. No parque de estacionamento dos jogadores, na Arena Puskas, em Busapeste, Mourinho confrontou o juíz. O incidente foi captado por uma câmara e o técnico cumpriu uma pena de quatro jogos de castigo.

«Sinto que é injusto no sentido em que, no futebol, quando temos de ser castigados, somos castigados, mas depois de sermos castigados é uma folha limpa. Deveria começar do zero, mas não começou. Fomos eliminados da Liga dos Campeões [desta época] frente ao Lille com um penálti do VAR, aos 94 minutos, que só o VAR viu», disse o técnico do Fenerbahçe, lembrando, de seguida, a expulsão no jogo diante do Manchester United, para a Liga Europa: «Eu estava a gritar, como toda a gente no banco e no estádio: 'É penálti, é penálti!'. Sem qualquer tipo de insulto, e recebi um cartão vermelho. Sei que é uma batalha que nunca poderei vencer.»

«Mereço ser tratado como toda a gente. Em campo, não importa se és o Lionel Messi ou se estás a jogar o teu primeiro jogo. As regras são as mesmas para o Messi e para o miúdo. E para os treinadores é a mesma coisa. Não importa se é Carlo Ancelotti ou um jovem treinador que está a começar. Ancelotti tem de se comportar da mesma forma que o miúdo. É isso que eu quero para mim e é isso que não estou a conseguir. Não quero ter um tratamento especial, quero ter um tratamento honesto. Só isso. Por isso, se fizer algo de errado, castiguem e paguem, mas se não fizer nada de errado, deixem-me em paz, mas está a tornar-se difícil. Desde a final de Budapeste que está a ficar difícil», concluiu.