Mourinho após aproximação à liderança: «Deixem-me trabalhar em paz»

Treinador português respondeu às críticas de Gaziantep e Galatasaray em relação à arbitragem e perspetivou o duelo com o Besiktas de Rafa, João Mário e Gedson

O Fenerbahçe, de José Mourinho, bateu o Gaziantep, por 3-1, e ficou mais próximo do líder Galatasaray na Superliga turca. Depois da partida, o treinador português foi questionado sobre as críticas de Gazientep e Galatasaray à arbitragem.

«Acho ridículo, porque semana após semana sabemos o que se vai passando. Ainda ontem [domingo], sabemos o que aconteceu naquele jogo. Mas estão habituados a esta cultura de colocar pressão mesmo quando sabem que para eles a história é diferente. O presidente do Gazientep, se falaram, falaram do jogo errado. Não acho que o árbitro tenha influenciado o resultado. O resultado foi 3-1 e o VAR está lá para ajudar o árbitro quando comete um erro. E ajudou-o. E penso que quando jogámos da forma que jogámos na segunda parte, temos de ganhar. Não há outra opção. Na minha opinião, este fim de semana, e não me surpreende, estes dois treinadores jovens, Arda Turan Selçuk Inan, as equipas com menos potencial que as de topo, jogaram bem e mostraram uma boa filosofia e sem medo. Então dou-lhes os parabéns. Têm potencial e porque são lendas do Galatasaray, então de certeza que vão treinar o Galatasaray», referiu, em conferência de imprensa, perspetivando o próximo duelo com o Besiktas, de Rafa, Gedson e Rafa Silva.

«Depois de amanhã vou começar a pensar no Besiktas. Mas fui ao estádio do Besiktas há uma semana para sentir não só a equipa, mas também o ambiente. Gosto da equipa deles, da forma como jogam. Sei que recentemente perderam jogos e pontos, mas gosto da forma como jogam. São a melhor equipa na Turquia em contra-ataque. São rápidos e objetivos quando recuperam a bola. Será um jogo difícil para nós e também para eles», afirmou.

Sobre a sobrecarga de jogos: «É assim para todas as equipas na Europa. Tens de confiar no plantel e fazer o que fizemos hoje. Dar oportunidades aos jogadores frescos, ter gente no banco a ajudar para mudar o jogo. Tive um banco cheio de opções. Hoje o meu banco foi fantástico, o contrário de Praga. Ajudou-me a mudar o jogo duas vezes. Com bancos destes, o treinador está feliz e sem medo da acumulação de jogos no calendário.»

Questionado sobre se a equipa está a começar a chegar ao nível que pretende: «Mesmo assim matam-me… Deem-me um bocadinho mais de crédito e tempo. Não tentei fazer comigo o que fizeram com Giovanni van Bronckhorst. Não conheço nenhum treinador que faça milagres ou mudem coisas em três ou quatro meses. Para mim estava a fazer um grande trabalho, os resultados não foram os melhores recentemente por diferentes razões. Mas é esta cultura, que não dá estabilidade. Então deixem-me trabalhar em paz, mas se não for em paz não há problema.»

Mourinho destacou ainda Okereke, que marcou o golo do Gazientep: «Não foi uma pergunta, mas quero congratular o único jogador que marcou contra mim por três clubes: Okereke. Veneza, Cremonese e Gazientep. É o único.»