Mota: «Concedemos um golo, paciência, tenho de aceitar o empate»
Treinador do Farense na sala de imprensa do São Luís, após o empate (1-1) da sua equipa com o Rio Ave.
José Mota, treinador do Farense, estava resignado com o empate da sua equipa com o Rio Ave, aceitando-o. «Cada equipa marcou um golo e, quando assim é, é claro que temos de aceitar este resultado. Foi um jogo intenso, muitas vezes bem jogado, equipas a entregarem-se com muita dedicação ao jogo, equipas também que não arriscaram muito, porque percebem o quão é importante nesta fase somar [pontos]. Sabemos o valor do Rio Ave, reforçou-se muito no mercado de inverno, com muitos e bons jogadores. É uma equipa difícil. Conseguimos fazer um golo, obrigámos o Rio Ave, muitas vezes, a recuar e a explorarmos muitíssimo bem as transições e a profundidade. Tivemos mais uma situação de golo, nomeadamente pelo [Marco] Matias, que podíamos ter concretizado e penso que, a fazer, se calhar o jogo ficaria ali resolvido. Mas é também verdade que o Rio Ave tem boas soluções».
«Ao intervalo, estávamos a vencer 1-0, penso que justamente. Com as alterações produzidas, o Rio Ave obrigou-nos a recuar linhas. Tivemos de nos readaptar um pouco ao jogo. A jogarem com quatro homens na frente é diferente de jogarem com três, que vêm buscar muito jogo por dentro. Um jogo mais de profundidade e, numa jogada de cruzamento, onde poderíamos e deveríamos estar mais organizados, sofremos o golo do empate. Percebi que o jogo estava bastante difícil, porque não havia espaços para jogar ou penetrar. O Rio Ave também não abriu muito do seu meio-campo para nos conceder grandes espaços. Com as alterações produzidas, tentei chegar com mais agressividade no meio dos centrais, à zona de finalização. Tivemos uma excelente oportunidade pelo Zé [Luís], mais uma ou outra situação, mas a verdade é que também quis-me parecer que o Rio Ave já estava satisfeito com este empate, pelas alterações que, entretanto, foi fazendo ao longo do jogo. É muito difícil nesta fase conseguir três pontos. Se repararem nos jogos que têm existido, há um equilíbrio muito grande e há muito poucas oportunidades. As equipas quando estão a ganhar, têm de saber guardar essa vantagem. Nós hoje não conseguimos, deveríamos ter conseguido, porque tínhamos condições para isso. Concedemos um golo, paciência, tenho de aceitar o empate. Não é o resultado que eu queria – eu queria vencer –, não é o resultado que os meus jogadores queriam – eles queriam vencer. Tudo fizemos para que isso acontecesse, mas deu empate. Os meus jogadores deram tudo, tiveram uma atitude enorme e foram uma equipa que quis vencer. E tivemos o nosso público que nos ajudou muito contra este adversário de valor», disse ainda sobre o jogo.
O treinador referiu ainda que a ausência de Pastor «foi por opção». «É normal. Nós temos de tomar opções e eu tomei essa opção, em ter decidido dessa forma», acrescentou.