Marítimo tentou João Carlos em definitivo, Estoril deu 'nega'

Insulares tentaram a contratação do brasileiro, que vem sendo pouco utilizado por Vasco Seabra, mas cuja capacidade goleadora os responsáveis estorilstas preterem manter até ao final da época, altura em que termina contrato

O mercado ainda não abriu no Estoril, pelo menos oficialmente: enquanto segue o compasso de espera para oficializar a contratação do sérvio Nemanja Jovic, têm também chegado abordagens à administração dos canarinhos, seja pela cobiça que os principais ativos têm vindo a despertar ou também pelo interesse de outros conjuntos em tentar pescar alguns dos elementos menos utilizados, como é o caso de João Carlos, que tem sido a terceira opção para a frente de ataque.

Com o caminho para a titularidade tapado por Alejandro Marqués e Cassiano, o ponta de lança de 28 anos é encarado como alvo interesse para vários emblemas, tendo A BOLA apurado que o Marítimo, que na presente temporada disputa a Liga 2, contactou a SAD do Estoril o sentido de procurar a sua contratação para um acordo a título definitivo, mas sem sucesso. Apesar da utilização muitas vezes residual do atleta, este merece toda a confiança por parte dos responsáveis e equipa técnica estorilistas.

João Carlos cumpriu este sábado precisamente um mês sem competir oficialmente, mas o seu rendimento tem sido muito interessante tendo em conta os escassos minutos de utilização – contabiliza quatro golos em onze aparições, sendo que entre estas…nenhuma foi feita como titular. É precisamente aí que a produção do brasileiro se torna mais apreciável, visto que estes onze encontros disputados resultam em apenas 151 minutos de utilização (menos que dois jogos completos), pelo que é detentor de uma sensacional média de golos por minuto.

Quatro golos em 151 minutos de competição significa um golo a cada pouco mais de 37 minutos, registo ao qual vários emblemas estarão atentos…mas também Vasco Seabra e a sua equipa técnica, que preferirão manter João Carlos nas fileiras estorilistas. Face às circunstâncias, não se afigura fácil a saída do brasileiro, visto que se encontra em final de contrato e, por isso, um possível cenário de empréstimo não representa qualquer sentido para o emblema da Linha de Cascais, que nem sequer auscultará qualquer oferta nesses moldes.

Ciente deste facto e convencido sobre a qualidade do jogador, que se destacou na Liga 2 ao serviço da Académica há duas temporadas, o Marítimo terá tentado seduzir o Estoril com a poupança dos salários que restam cumprir com o avançado até ao final do contrato, mas a postura dos responsáveis estorilistas privilegia a componente desportiva. Ou seja, apesar de neste momento parecer largamente improvável que João Carlos venha a renovar, o Estoril encara com bons olhos continuar a beneficiar do seu rendimento desportivo e, acima de tudo, do golo fácil que apresenta.

A saída de João Carlos até final do mercado não está, ainda assim, colocada de parte. No entanto, o Estoril apenas perspetiva perder o atacante caso surja uma oferta contemplando uma última possibilidade de obter uma compensação financeira por um atleta que em junho deverá deixar a Amoreira em final de contrato. Caso tal não suceda, o brasileiro permanecerá até final da temporada…e os adeptos estorilistas respirarão de alívio, visto continuarem com o ataque entregue a Marqués, Cassiano e João Carlos, todos de insuspeita qualidade.