Mário Silva antevê equilíbrio na Champions: «Equipa mais forte, rigorosa e disciplinada traz o troféu»
Treinador do Benfica acredita nas possibilidades dos encarnados em vencer a final four da prova e erguer o troféu; admite que, face ao valor dos adversários, a equipa terá de ter 'estofo' para sofrer e prevalecer no final
Já a caminho de Yerevan, Arménia, para disputar a final four da Liga dos Campeões de futsal, o Benfica leva consigo a crença de alcançar o segundo título europeu da sua história como resultado de uma final four que o técnico dos encarnados, Mário Silva, assume que será de total equilíbrio. Ainda assim, na antevisão à decisiva fase da Champions, o treinador acredita que os encarnados se apresentarão com o rigor necessário para enfrentar o desafio, inclusive os momentos em que terá de saber lidar com as adversidades.
«Estamos confiantes no que fazemos porque, se tivermos essa confiança, acreditamos ainda mais e teremos o rigor e a disciplina para fazer quando está a correr bem e menos bem. Há uma coisa da qual tenho certeza absoluta: se o Benfica ganhar esta competição, nos dois jogos vai ter momentos em que vai ser pior que o adversário que tem à frente. O que queremos é ter mais momentos a estar melhor, a controlar ou dominar o jogo, mas com a noção de que vamos ter momentos em que não vamos ser tão bons quanto o adversário», propôs.
Na meia-final de 2024, o Benfica depara-se com o mesmo adversário de 2023, o Palma, desta feita com os espanhóis como detentores do troféu, e Mário Silva comparou os dois momentos. «Individualmente sinto um Palma mais forte, com jogadores mais capazes de criar desequilíbrios e capazes de criarem desequilíbrios na baliza adversária, e coletivamente sinto o Benfica mais forte face ao que senti no ano passado e nisso, espero que seja que o produto final se traduza desta vez com a vitória do Benfica, a ser melhor e mais competente», ansiou.
«Acho, e costumo dizer, que a equipa mais forte, rigorosa e disciplinada é a que vai trazer o troféu», observou ainda o técnico que, apesar de não se apresentar particularmente satisfeito pelo facto de a final four se disputar na Arménia, um país distante - a mais de 5.700 quilómetros de Lisboa – e numa situação política instável – em conflito com o Azerbaijão desde há vários anos – vislumbra uma oportunidade diferente do ano anterior, no qual o Palma apresentou o fator casa como trunfo para se sagrar campeão europeu.
«Será em campo neutro este ano, coisa que não aconteceu no ano passado, e em campo neutro são as mesmas condições para as quatro equipas», constatou Mário Silva, que aguardará para perceber se o ensaio-geral muito bem conseguido, no qual o Benfica goleou o SC Braga pela Liga Placard (7-1), dias antes da disputa da final four, se traduzirá em efeitos positivos para a equipa e, mais concretamente, para levar de vencido o Palma.
«Não faço ideia, veremos depois no jogo (ndr: com o Palma). Todos os jogos trazem aspetos positivos e negativos, se não tivermos lesões é meio caminho andado para eu ter os problemas de que gosto para decidir entre toda a qualidade que tenho no plantel. A fadiga gere-se e o desgaste emocional para estas condições também», analisou o treinador, confiante de que a equipa dará a resposta pretendida num jogo de elevadíssimo grau de dificuldade.