Mar vermelho juntou-se à equipa feminina do Benfica para celebrar o tetracampeonato
Kika Nazareth entre as mais requisitadas dos adeptos do Benfica. Foto: IMAGO

Mar vermelho juntou-se à equipa feminina do Benfica para celebrar o tetracampeonato

NACIONAL15.05.202421:39

Em jeito de balanço, Pauleta e Laís Araújo abordaram as conquistas das encarnadas esta temporada e perspetivaram a final da Taça de Portugal com o Racing Power

Foi um autêntico mar vermelho aquele que recebeu a equipa feminina do Benfica, numa sessão de autógrafos que serviu para um momento de união entre adeptos e equipa na celebração da conquista do tetracampeonato e de força extra na preparação da final da Taça de Portugal diante do Racing Power, agendado para o próximo domingo, às 17h15.

Entre selfies e troca de palavras com sócios e simpatizantes, Pauleta fez um balanço sobre o tetracampeonato do Benfica, considerando que este foi diferente dos outros e desvendou aquele que, para a própria, foi a momento chave para vencê-lo.

«Este campeonato foi diferente dos outros. Nos outros, podíamos dizer que os dérbis foram a chave para os ganhar, porque foram os que nos permitiram ter pontos de avanço com o rival direto, nesse caso era o Sporting.  Este ano foi um bocado diferente. Para mim, um dos momentos que me lembro que foi chave foi quando empatámos (1-1) contra o Racing Power, no Jamor, e o Sporting, em seguida, empatou em casa com o Damaiense. Nesse momento pensávamos que íamos cair para a 2ª posição e vimos o nosso rival direto escorregar. A partir daí, a equipa focou-se muito em fazer o trabalho e em ganhar o maior número de jogos possível. Os dérbis são importantes, mas vimos este ano que mesmo não os vencendo podemos ganhar o campeonato», salientou a médio do Benfica, não esquecendo a grave lesão que a impediu dar o seu melhor contributo no decorrer da época.

Foi longa a fila dos adeptos do Benfica para receber as tetracampeãs nacionais

«Foi uma temporada difícil. Eu venho de uma lesão bastante grave, de uma recuperação longa. Consegui recuperar-me bem do joelho, sentir-me bem. Depois foi, sim, aquele pequeno problema com o dedo, essa pequena luxação. Apesar de parecer que apaga o meu regresso, para mim o mais importante é a equipa estar bem, é a equipa ganhar títulos, estar a competir. Elas estão a demonstrar isso e eu estou a ajudar no que consigo. Sem dúvida que é uma satisfação incrível fazer parte dessa equipa, seja a jogar muito, a jogar pouco, a voltar de uma lesão, a recuperar. E, afinal, ter as taças em casa é o mais importante».

A equipa feminina do Benfica esteve em peso na loja do estádio a distribuir autógrafos aos adeptos. Fonte: A BOLA

Numa semana que as encarnadas jogam o encontro que lhes pode valer o pleno interno, Laís Araújo enalteceu que esse facto dá uma força extra ao grupo para o jogo da Taça de Portugal e enfatizou que, a longa fila que se formou para as receber, só as motiva para trazer o troféu para o museu encarnado.

«É um fator só nos motiva. Estamos determinadas em que trazer todos os títulos que nos propuseram conquistar e sempre a mostrar a nossa dedicação e a ambição que o clube tem. Ver estas pessoas dá-nos um alento extra. É mais um dia a celebrar com eles, estamos muito felizes por terem mais um momento connosco. Sabemos que não tivemos uma vida fácil, principalmente na Liga, no entanto, eles em todos os jogos deram-nos força, até nas Liga dos Campeões, especialmente com o Barcelona, e foram sempre o 12.º jogador. Sabemos que podemos contar com eles para tudo», sublinhou da defesa-central, antes de realizar uma pequena análise sobre a sua adversária na final do Jamor.

Jéssica Silva e Anna Gasper com uma pequena adepta a celebrar o tetracampeonato encarnado. Foto: A BOLA

«Esperamos um jogo muito difícil. Deu para ver em casa que foi um jogo muito competitivo, o Racing Power é uma equipa com uma força muito grande, que nos irá causar muitas dificuldades. Ajustámos algumas coisas do jogo passado, sabemos que será uma final e, pelo momento, temos consciência que nos vão dar dificuldades acrescidas. Queremos trazer mais uma taça para casa e, quem sabe, poder voltar a celebrar com os benfiquistas», frisou.

Tendo estado na última conquista da Taça de Portugal, Pauleta relembrou a importância do momento, não só para as que estiveram no projeto desde início, como também de todas as que vão experienciar o momento pela primeira vez.

«Nós levámos muitos anos a querer ganhar tudo, no ano passado escapou a taça. Este ano, é óbvio que o grande objetivo é o campeonato, mas o projeto queria e quer os quatro títulos e nós estamos a lutar por isso. Falta a Taça de Portugal, sabemos que é um título que foge já há algum tempo, nós felizmente, no primeiro ano do projeto, conseguimos chegar ao Jamor e ganhar, subir aquelas escadas e levantar a taça. Agora, há algumas que não chegaram que ainda não viveram isso com o emblema no peito e é isso que nos mexe. Agora é repetir e dar isso ao clube e aos adeptos e as que não viveram ter essa memória para sempre com o emblema do Benfica ao peito», concluiu.