«Mão na Fonte do apelo ao filme de final circense», a crónica do Famalicão-SC Braga

Famalicão-SC Braga, 1-2 «Mão na Fonte do apelo ao filme de final circense», a crónica do Famalicão-SC Braga

NACIONAL18.01.202422:31

SC Braga esteve na iminência de perder mas ganhou no último suspiro do jogo; Regresso aos triunfos com uma boa dose de sorte arsenalista; Famalicão bem em muitos momentos

O minuto 88 o árbitro Manuel Oliveira apitou após jogada na área bracarense em que José Fonte tocou com a mão na bola e todos os arsenalistas gelaram com a possibilidade, por aqueles instantes bem real, de saírem de Famalicão sem qualquer ponto amealhado mas, após ter sido chamado pelo VAR Hugo Miguel a rever o lance, o juiz portuense – e bem – reverteu a decisão, pois Fonte estava em queda e era impossível, na embrulhada com Henrique Araújo, evitar o toque na bola.

 Apesar da insistência bracarense em tentar chegar à vitória, toda a gente pensou que estaria tudo devidamente decidido, mas acabou por entrar a célebre frase do apresentador do circo: «Senhoras e senhores, meninos e meninas, não saiam dos seus lugares.» Os espectadores presentes responderam positivamente ao apelo e assistiram mesmo ao golpe de teatro num filme de Hitchcock e o regressado Álvaro Djaló, no último suspiro, de cabeça — até nem é uma das suas especialidades — marcou o segundo golo bracarense e, com uma boa dose de fortuna, selou a vitória bracarense num encontro em que os famalicenses até dispuseram das melhores ocasiões. 


Os visitados, diga-se, foram competentes em muitas fases do jogo, principalmente na forma como conseguiram controlar o SC Braga e saírem em rápidas transições ofensivas. Na primeira parte, as equipas encaixaram em 4x2x3x1, com o SC Braga a tentar ter mais posse de bola mas, na fase inicial, as tentativas a saírem goradas, fruto da pressão alta exercida pelo Famalicão. Nathan mostrava-se muito ativo pela direita mas foi do lado contrário que Chiquinho obrigou Matheus a grande defesa. Com o tempo, o SC Braga conseguiu ir empurrando os famalicenses para trás, mas estes estiveram sempre atentos à baliza adversária e Zaydou Youssouf obrigou Matheus a intervenção fantástica (38’). 

No início da segunda parte, a equipa de João Pedro Sousa manteve a toada e, após gigante ameaça de Theó Fonseca, viria o golo de penálti, convertido por Cádiz, após intervenção do VAR Hugo Miguel, que alertou Manuel Oliveira para uma mão —a primeira —de José Fonte na área bracarense. O SC Braga respondeu e, após um falhanço incrível de Roger, Borja restabeleceu o empate (1-1). Depois viria o final de suspense, com as cenas já descritas e os arsenalistas instalados no meio-campo contrário e a chegarem à vantagem mesmo no último sopro. Muito bem o VAR.