Manteigas defende que Benfica deveria protestar jogo com o Barcelona

Candidato à presidência das águias comenta polémica arbitragem do jogo da UEFA Champions League

João Diogo Manteigas, candidato à presidência do Benfica, defende que a SAD liderada por Rui Costa deveria protestar o jogo com o Barcelona junto da UEFA, tendo em conta a arbitragem do neerlandês Danny Makkelie no encontro da UEFA Champions League.

Em comunicado intitulado «Dever de protesto», o advogado começa por considerar que «seria útil uma manifestação pública por algum dos cinco atuais administradores executivos da Benfica SAD». «E, salvo melhor opinião, não me parece que deslocações relâmpago do camarote presidencial para o túnel da Luz com a cabeça a ferver para confrontar o árbitro do jogo, a terem acontecido, resolvam o problema. Na realidade, só agravam», acrescenta ainda, a propósito da reação de Rui Costa - noticiada por A BOLA -, que desceu ao túnel para interpelar a equipa de arbitragem, no final do encontro.

«Quero acreditar que foram dadas instruções ao departamento jurídico da SAD para não arredar pé durante esta madrugada, enquanto me encontro a escrever estas palavras, para apresentar protesto contra a validade do resultado do jogo em causa nos termos e para os efeitos do ponto 64.01 do artigo 64.º do regulamento da Liga dos Campeões da UEFA (edição 2024/25 em vigor desde 2 de Setembro de 2024). A SAD tem o direito (pessoalmente, entendo que é um dever) de protestar contra a validade do resultado de ontem no prazo máximo de 24 horas após o seu final. A admissibilidade do protesto tem por base qualquer uma das alíneas c), d) ou e) do n.º 1 do 57.º do Regulamento Disciplinar (RD) da UEFA», contextualiza João Diogo Manteigas.

O candidato à presidência do Benfica aponta dois erros à equipa de arbitragem: «Por ação, o penalty assinalado contra o Benfica (por falta inexistente de Carreras) e, por omissão, o penalty não assinalado a favor do Benfica (por falta existente de Fermín López)». Para além disso refere que Makkelie «já havia cometido o mesmo erro e prejudicado o Benfica em Outubro de 2023 por não ter assinalado um penalty sobre Neres em Milão frente ao Inter».

Posto isto, o advogado recomenda o pagamento da taxa de mil euros para apresentar um protesto junto do órgão de Controlo, Ética e Disciplina, que entende que teria «também um fim político-desportivo». «De imposição e intransigência na defesa da verdade desportiva, da imagem e da marca do Benfica, da UEFA e da própria competição europeia no âmbito da qual ocorreram os erros graves. Olhamos para as fotos da tribuna presidencial no jogo de ontem e vemos os nossos dirigentes ladeados dos (ainda e atuais) Presidentes da Liga de Clubes e da Federação Portuguesa de Futebol. Querem ajudar o futebol português a subir no ranking europeu? Posicionem-se ao lado do Benfica e defendam-no. Não querem? O Sport Lisboa e Benfica deve exigir-lhes!», acrescenta.

A fechar, Manteigas deixa um reparo à equipa orientada por Bruno Lage: «Por fim, os sócios não pagam para ver o relvado passar do Inferno da Luz para um céu de anjinhos. Não é admissível ao Sport Lisboa e Benfica sofrer 5 golos em casa. O futebol não se transformou assim tanto nos últimos 20 anos para chegarmos a este ponto. Sobretudo, quando já nos provaram esta época as suas capacidades frente, por exemplo, ao Atlético de Madrid.Mas já dizia Béla Guttmann: “Sem sacrifício não há sucesso no futebol! Nenhum exército vence qualquer batalha sem uma disciplina férrea. Quanto mais uma guerra! A sequência de encontros da Taça dos Campeões Europeus, tal como sucede no Campeonato Nacional, pode ser comparada a uma guerra que só pode ser ganha a batalha a batalha. Qualquer jogador que não queira fazer os sacrifícios que considero necessários é livre de ir trabalhar para uma fábrica de sardinhas enlatadas...”.»