31 março 2024, 16:05
Liverpool apanha susto, mas consegue os três pontos
'Reds' vencem Brighton por 2-1 e assistem ao Manchester City-Arsenal na liderança
Grande partida de futebol no Estádio Etihad só teve um ingrediente em falta: os golos
Cinco anos depois de Arteta ter deixado de ser o adjunto de Pep Guardiola para se dirigir ao Norte de Londres, o rei da tática recebeu aquele que é, por muitos, indicado como o seu príncipe herdeiro. E se, das últimas vezes que a fortaleza do Manchester City foi atacada, o cerco dos gunners revelou-se desastroso, desta vez o Arsenal prometia que não seria assim. Nos últimos sete jogos entre estes dois conjuntos nestes estádios, o Manchester City havia ganho todos, com uma margem de 22 golos marcados e apenas dois sofridos. Estava, porém, na memória o jogo da primeira volta, em que Gabriel Martinelli, aos 86 minutos, tinha causado enorme apoteose no Estádio Emirates ao conquistar os três pontos.
Neste jogo, entre duas equipas candidatas à conquista da Premier League, fazia-se adivinhar alguma cautela. Contra jogadores deste calibre, qualquer erro pode ser fatal e, por isso, a estabilidade era a chave do sucesso. O Manchester City, a jogar em casa, assumiu desde cedo que conduziria a partida, e os 72% de posse de bola que teve foram reflexo disso mesmo.
Esse parecia, porém, ser o plano esperado por parte de Arteta e a sua equipa estava treinada para isso. No primeiro tempo, apenas Bernardo Silva, quando recuava, conseguia ir para cima da defesa adversária e criar algum desequilíbrio. O bloco baixo dos gunners revelou-se compacto e sereno - muito por culpa do excelente jogo da dupla Gabriel-Saliba no eixo defensivo - e, no contra-ataque, conseguiu por algumas ocasiões, mas Gabriel Jesus não acertou com o alvo. Já do lado do Manchester City, apenas Aké, que saiu lesionado ainda na primeira metade do encontro, conseguiu, num pontapé de canto, cabecear, para encaixe de David Raya.
Chegava o intervalo e, com ele, a possibilidade de Guardiola e Arteta deixarem algumas indicações aos seus jogadores. Certo é que, no segundo tempo, o Arsenal entrou com um ímpeto diferente. Fica a ideia que os visitantes pretenderam condicionar a saída de bola do Manchester City, de modo a não permitir que os citizens se estabelecessem no terço ofensivo e, a partir daí, controlassem a posse de bola. Os anfitriões tentaram solicitar Haaland, mas a desinspiração do norueguês era evidente - e lá chegaremos.
Quando Bernardo Silva foi colocado no meio-campo, após a entrada de Doku, o Manchester City conseguiu ter mais clarividência (o médio português foi, destacadamente, o mais influente no ataque da sua equipa). As iniciativas cresciam, mas era notória e notável a tranquilidade dos centrais do Arsenal, mesmo com o desgaste nas pernas. E se de um contra-ataque, surgiu a grande chance do Arsenal, um remate de Trossard defendido por Ortega, foi dos pés de Haaland que saiu o maior escândalo. Ou melhor, não saiu.
O avançado norueguês apareceu ao segundo poste, Gvardiol desviou o canto de De Bruyne e, sozinho, Haaland... falhou a bola! Foi, de resto, a única vez que o melhor marcador da Premier League apareceu descoberto, algo que valeu até que, no final, tanto ele como Guardiola cumprimentassem Gabriel Magalhães, que fez, mais uma vez, um enorme jogo.
Devido a esta falta de oportunidades de finalização, muito motivadas pela preparação deste jogo em termos estratégicos, o espetáculo ficou incompleto devido à falta do elemento essencial: os golos. Apesar disso, saiu um vencedor desta partida, o Liverpool. Os reds venceram o seu jogo e são agora, de forma isolada, líderes do campeonato. Terminam assim os jogos entre candidatos à Premier League para esta temporada e, como não podia deixar de ser, com grande prestação de parte a parte.
31 março 2024, 16:05
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