Magrão: «Rio Ave abriu-me as portas da Europa e estou muito grato por isso»
O jovem guarda-redes brasileiro, de 23 anos, tem aproveitado a ausência de Jhonatan para se afirmar na Liga; a felicidade por jogar em Portugal, o ambiente do jogo com o FC Porto e o sonho de chegar à seleção do seu país
Magrão chegou a Portugal na época 2020/2021, para representar os sub-23 do Rio Ave, e na temporada que está em curso tem sido o titular da formação principal dos vila-condenses. À partida, e em teoria, Jhonatan estava na frente por um lugar no onze, mas uma lesão do compatriota deu a Magrão a possibilidade de iniciar este percurso como número 1.
E a verdade é que as exibições de Magrão têm correspondido às exigências do clube e até os adeptos têm ficado satisfeitos com as suas prestações nas primeiras quatro jornadas da Liga – Jhonatan havia alinhado diante de Académico de Viseu e Arouca, em jogos referentes à Taça da Liga.
«Jogar fora do meu país sempre foi um sonho, desde criança que trabalhei para isso e estou muito feliz», sublinhou numa resposta a questões colocadas por adeptos e referindo-se à mudança para Portugal, antres de também dar conhecer quem é o seu ídolo. «Cláudio Taffarel [histórico guarda-redes da seleção do Brasil nas décadas 80 e 90]. Desde criança que os meus pais me falavam nele.»
A confissão criou a ponte para um dos seus objetivos… a Canarinha: «Chegar à seleção é um sonho de todos os jogadores. É algo que não podemos descartar. Ainda sou novo, estou a trabalhar para isso, e um dia, quem sabe se não conseguirei alcançar esse objetivo de chegar à Seleção.»
O que encontrou desde que chegou a Portugal, a Vila do Conde e ao Rio Ave tem enchido as medidas de Magrão. O brasileiro não esconde a sua gratidão por tudo o que tem vivido nestes últimos anos.
«O Rio Ave foi o clube que me abriu as portas da Europa e que sempre me deu atenção. Estou cá desde 2020, tenho evoluído muito e só tenho de agradecer ao Rio Ave por tudo. Vila do Conde é uma cidade muito boa para se morar, é muito acolhedora, e desde que cheguei, em 2020, fui muito bem tratado. Só tenho de agradecer às pessoas de Vila do Conde pelo carinho que sempre me deram desde a primeira hora. Os agradecimentos são também extensíveis aos adeptos do Rio Ave, que são muito importantes para nós. São o nosso décimo segundo jogador. Estão sempre ao nosso lado, nos bons e maus momentos, e só tenho de agradecer por estarem sempre connosco.»
O guarda-redes abordou ainda a concorrência por um lugar na baliza e confessou qual o momento que mais o marcou esta época: «O jogo contra o FC Porto. Estava um excelente clima no estádio e espero ter mais oportunidades dessas. Relativamente à luta por um lugar, o que tenho a dizer é que a concorrência é muito boa. Os três guarda-redes trabalham diariamente e quem o mister escolher para jogar vai corresponder bem. O Lucas [Flores] é um guarda-redes top, o Jhonatan então nem se fala.. Estamos sempre prontos para agarrar a oportunidade.»
Na parte final das respostas aos adeptos do Rio Ave, Magrão não se coibiu de eleger os três jogadores mais divertidos do balneário. «Na primeira posição, sem dúvida, o Ukra. É super divertido, muito engraçado, mesmo. Em segundo lugar, o [Aderllan] Santos, que está sempre na brincadeira comigo. Em terceiro, o Amine. Estou sempre a pegar com ele, trazendo as palavras que utilizamos no Brasil», concluiu.