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Central do Santa Clara destaca «espírito de grupo» e «motivação»
O Santa Clara voltou a provar por que razão é a equipa sensação da Liga, ao ser a primeira equipa a derrotar o Sporting na prova, na visita a Alvalade a contar para a 12.ª jornada, uma vitória que Luís Rocha atribuiu ao espírito de grupo dos açorianos.
«O segredo é uma equipa muito forte, unida, com muita entreajuda, com grande grupo de homens com caráter. Claro que isso tem de estar interligado com a qualidade dos jogadores, mas acho que mais do que a qualidade e a estratégia tática — que são importantes —, tem de haver um grande espírito de grupo», afirmou o central, em declarações à Lusa.
30 novembro 2024, 23:30
Açorianos venceram pela primeira vez em Alvalade e os leões voltaram a perder e a perder pontos em casa, não ultrapassando a marca que vinha de 1990/1991: 11 vitórias a abrir a Liga.
Enfrentar Gyokeres foi especial: «O meu nível de concentração, se calhar, também foi outro, não vou dizer que não. Foi uma grande motivação. Foi muito satisfatório enfrentar um avançado deste nível e mais ainda poder fazer com que não fizesse golos, mas o mérito reparte por toda a equipa.»
«Durante o jogo ele esteve sempre muito perto de mim. Eu estava a central no meio e ele andava no centro. Houve muitos duelos físicos, principalmente. Claro que fiquei satisfeito com a minha exibição, mas mais importante do que isso foi ganhar os três pontos», realçou o defesa de 38 anos.
Apesar do bom momento da equipa, que segue no quarto lugar, atrás dos três grandes, o jogador do conjunto insular mantém os pés assentes na terra: «Não ganhámos nada. Está a ser fantástico e muito bom. Não podemos esconder. Mas não ganhámos nada. O que podem esperar do Santa Clara é um grupo unido que vai para os jogos para tentar vencer e para tentar ser melhor do que no jogo anterior.»
A nível individual, diz-se orgulhoso da carreira, marcada por cinco subidas de divisão nas últimas seis temporadas: Famalicão (2018/19), Farense (2019/20), Chaves (2021/22), Moreirense (2022/23) e Santa Clara (2023/24). «Se calhar as pessoas já me viam como um jogador que não serve para a Liga. Mas, mais do que isso, é provar a mim mesmo. Nada quero provar a ninguém. Quero provar a mim mesmo que com paixão, espírito de sacrifício e vontade de triunfar, é possível», sublinhou.
E reforçou: «Nunca imaginaria chegar à Liga e ganhar o que ganhei até aqui, mas ambicionava e tentava fazer as coisas bem feitas. Que a minha carreira sirva para jovens que estão a começar ou para quem tem 25 ou 30 anos. Ainda podem conquistar tanta coisa. É preciso acreditar. O sucesso é uma consequência do trabalho diário, do acreditar e de muito sacrifício.»
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