Luís Freire: «Personalidade caracterizada na defesa de Jhonatan»
Treinador gostou mais da segunda parte e nem quis comentar o lance da grande penalidade. Considerou o empate um «mal menor»
Luís Freire admitiu ter ficado surpreendido com a mudança tática do Chaves e sobretudo pela forma como o adversário condicionou o Rio Ave nos primeiros minutos do jogo.
«Normalmente o Chaves joga em 4x3x3 e mudou um pouco a sua forma de jogar e sobretudo de defender. A equipa do Chaves, muito apoiada pelo seu público, entrou intensa e tivemos dificuldades em acompanhar o ritmo do jogo, ganharam três ou quatro cantos seguidos e fizeram alguns cruzamentos perigosos. Demorámos quinze a vinte minutos a assentar as ideias, depois o jogo equilibrou, tivemos uma oportunidade de cabeça para fazer golos, mais algumas abordagens à área do Chaves e o jogo acalmou», sintetizou, na zona de entrevistas rápidas da Sport TV.
A segunda parte foi diferente: «Explicamos aos jogadores que o Chaves estava a tentar condicionar-nos e que tínhamos de arranjar os espaços e foi uma segunda parte mais bem jogada da nossa parte, conseguimos chegar à área do Chaves. Foi um período mais equilibrado onde na parte final o Chaves tentou o jogo direto e a bola parada. Tentámos lançar velocidade com o Zé Manuel, o Jota e o Aziz, para desconcentrar o adversário. No final fica a grande penalidade que nem sequer vou comentar, nem vale a pena, o 0-0, num jogo nem sempre bem jogado, julgo que se ajusta à personalidade, luta e trabalho da equipa, caracterizada no Jhonatan pela defesa que faz no fim, portanto, estamos de pé, saímos daqui com um ponto e estamos na luta.»
A concluir: «Houve mérito do Chaves na forma como nos pressionou e mudou a sua a forma de jogar, de defender, e isso demorou um pouco a entender, mas na segunda parte libertámos mais gente, estivemos mais instalados no meio-campo deles, nem sempre com muito perigo mas tivemos as nossas oportunidades. O empate acaba por ser um mal menor para nós.»