«Lobos matreiros tramaram algarvios perdulários»: a crónica do Portimonense-Arouca
Arouca foi mais eficaz e soube ‘congelar’ o jogo, depois de se apanhar em vantagem; Algarvios desperdiçaram oportunidades flagrantes e cometeram erros defensivos.
Em estado de graça, o Arouca conquistou a sua terceira vitória consecutiva no campeonato e deu um passo importante na luta pela manutenção. Os ‘lobos’ da Serra da Freita forma matreiros e eficazes no aproveitamento das oportunidades que tiveram. Em plano antagónico no que à eficácia diz respeito estiveram os jogadores do Portimonense, que ficam a dever à pontaria um resultado positivo. Aliada a esse facto, também foram cometidos erros defensivos que se tornaram fatais, como no segundo golo, em que Nakamura – que tantas vezes tem salvo a equipa… - a ficar mal na fotografia, facilitando ao aliviar um livre defensável, com Matías Rocha a não perdoar na recarga, mais rápido do que Seck. Foi um duro golpe dado nas aspirações e na produção do Portimonense, aplicado apenas quatro minutos depois de Rafa Mújica ter inaugurado o marcador, no reinício da 2.ª parte, depois dos algarvios terem sido melhores até ao descanso, com Rodrigo Martins e Jasper a serem perdulários, numa 1.ª parte que teve dois golos anulados – uma para cada lado – por foras de jogo.
Em vantagem, os arouquenses refrearam os ânimos, mas não se livraram de apanhar alguns sustos, valendo-lhes a ineficácia dos algarvios quando Mvoué, com a baliza aberta, acertou mal na bola, permitindo o alívio de Milovanov em cima da linha de golo. Nunca baixando os braços, o Portimonense reduziu por Ronie Carrillo e relançou a esperança em evitar a derrota, mas a mesma acabou por esbarrar nos ferros da baliza defendida por Arruabarrena, num tiro de Igor Formiga. Ainda houve tempo para um golo anulado ao Arouca, por mão de Jason, mas foi escasso para a reação do Portimonense, que exasperou com o ‘gelo’ com que o adversário geriu o jogo até ao fim. O Arouca foi eficaz e venceu, mas os algarvios mereciam outro resultado.