Liverpool-Manchester City: o derradeiro confronto pelo título e pela rivalidade!
Pep Guardiola e Jurgen Klopp (IMAGO)
Foto: IMAGO

Antevisão Liverpool-Manchester City: o derradeiro confronto pelo título e pela rivalidade!

Além de um jogo pela liderança da Premier League, pode ser também o capítulo final da grande rivalidade das últimas épocas

Este domingo, joga-se a liderança da Premier League, mas não só. Liverpool e Manchester City defrontam-se mas, e quem sabe, sobretudo, joga-se o último Jurgen Klopp-Pep Guardiola na Liga Inglesa.

À 29.ª, é de vez. Não é bem assim o ditado popular, mas é muito provável que, agora, assim seja para Jurgen Klopp e Pep Guardiola. 12 vitórias para o alemão, 11 para o espanhol. Pouco mais equilibrado podia estar esta que é, para ambos, a maior rivalidade que tiveram na carreira. Desde 2013 que Klopp e Guardiola se defrontam, primeiro no Der Klassiker, depois, a partir de 2016, neste que é o confronto entre grandes emblemas ingleses - e mundiais - dos últimos anos. Na primeira volta, citizens e reds empataram a uma bola mas, na altura, as coisas eram bem diferentes.

O último confronto

A 25 de novembro, no Estádio Etihad, o jogo terminou empatado a um golo. Erling Haaland marcou na primeira parte e, já perto do fim, Alexander-Arnold empatou. Na altura, os plantéis estavam em estados muito diferentes.

No primeiro jogo, o Liverpool apresentou-se na máxima força, mas o Manchester City jogou sem Kevin De Bruyne. Certo é que, em 12 jogos em 2024, o belga fez... 12 assistências. São números mais que importantes no que toca à criação de golos. Sobretudo se o intuito for assistir o inevitável Haaland.

Agora, é a equipa da margem do rio Mersey que sofre com problemas físicos. Para além dos lesionados de longa duração, Diogo Jota, com problemas no joelho, não vai a jogo, bem como Gravenberch e Alisson. A maior baixa é, paradoxalmente, aquela que tem sido mais bem colmatada. Alexander-Arnold, que fez o empate no primeiro jogo, não está disponível. No seu lugar, porém, estará certamente Conor Bradley, jovem de 20 anos que tem brilhado.

Além disso, nem tudo é mau. Jogadores como Salah, Szoboszlai e Darwin, que estiveram lesionados, estão a 100% e vão a jogo.

O que dizem os treinadores... um sobre o outro

De parte a parte, elogios não faltam. Pep Guardiola, que já travou duelos com vários treinadores de classe mundial, não tem dúvidas: «Jurgen Klopp é o meu maior rival», disse o espanhol. O alemão, por seu turno, vai mais longe. «Sei que não sou mau, mas Guardiola é o melhor do mundo!»

O jogo jogado

Liverpool: Kelleher; Bradley, Konaté, Van Dijk, Robertson; Mac Allister, Endo, Szoboszlai; Salah, Luis Díaz, Darwin.

Manchester City: Ederson; Walker, Rúben Dias, Stones, Aké; Rodri, Bernardo Silva, De Bruyne; Phil Foden, Doku, Haaland.

Começando pelo Manchester City, é no domínio da posse que está a virtude da equipa de Pep Guardiola. Em 3x2x4x1 no ataque, os citizens costumam controlar o jogo no último terço adversário e, mesmo com um adversário como o Liverpool, não se espera o contrário. As subidas de John Stones são fulcrais para quebrar linhas de marcação e abrir espaço e, no centro do terreno, estão as armas que, para além de terem poder de decisão por si, estão sempre prontas a servir ao bombardeiro Haaland.

Do outro lado, é na vertigem que está a virtude. O futebol heavy metal pretenderá usar a largura - quer dos laterais, quer dos extremos - para chegar a zonas mais atacantes. Szoboszlai é peça fundamental nesta montagem, pela sua capacidade de fazer de tudo um pouco no meio-campo ofensivo, sobretudo, no que toca a distribuir, com velocidade e eficácia, para o trio atacante. A explosão de Darwin poderá revelar-se essencial.

O que está em jogo

Quem vencer é líder. Quem perder cai para terceiro. Não há mais nada a dizer para definir a importância deste encontro no que à classificação diz respeito. É certo que não é só nos jogos entre candidatos que se conquistam campeonatos, mas também é verdade que, como se diz na gíria, estes encontros «valem seis pontos». É o catapultar, a 10 jornadas do fim, para um campeonato decidido a três em que qualquer deslize pode ser fatal.

No entanto, apesar de tudo o que está em jogo, parece não ser isso necessariamente o mais importante. Ao fim de muitos anos, pode ser o final de uma rivalidade marcada pelo equilíbrio, pelo lado positivo e pelo respeito mútuo. É uma rivalidade que representa os valores do futebol. Jurgen Klopp e Pep Guardiola lutaram frente a frente por chegarem mais longe, sem que isso os fizesse esquecer de quem, do outro lado da barricada, os tornou mais fortes. À porta de um possível derradeiro capítulo, é impossível não ter isso em conta.

Jurgen Klopp e Pep Guardiola (IMAGO)