Liverpool, Eriksson e uma dúvida: tudo o que disse Amorim na antevisão ao Gil Vicente
Rúben Amorim não deixou pergunta sem resposta. Foto: Sporting CP

Liverpool, Eriksson e uma dúvida: tudo o que disse Amorim na antevisão ao Gil Vicente

NACIONAL11.04.202413:57

Uma conferência de imprensa onde o foco foram as notícias dos últimos dias

A conferência foi de antevisão à visita do Sporting ao Gil Vicente, mas naturalmente deu-se mais destaque às notícias dos últimos dias que têm colocado Rúben Amorim mais próximo do Liverpool. O abraço a Eriksson e o jogador que está em dúvida foram outros dos destaques.

Recorde tudo o que disse o treinador do Sporting

Muda a estratégia saber que vai entrar um treinador novo? Pediu dicas ao mister João Pereira dos sub-23 que ganhou duas vezes a Carlos Cunha?

- É preciso ter cuidado com o João Pereira que ainda fica com o meu lugar, máxima distância… A preparação do jogo torna-se diferente, não sabemos com o que contar, temos de ver o que o Gil Vicente tem feito e as características individuais. Fomos ver os Sub-23 do mister Cunha e ele já passou por esta situação no ano passado e vimos o que ele fez com o Benfica. Fizemos uma preparação normal, tendo essa incerteza, mas focado no que temos de fazer. Como tivemos mais tempo preparámos uma possibilidade de 3 centrais... se estivermos bem na nossa forma de jogar, nós vamos passar mais tempo com a bola e focámo-nos mais nisso.

A entrevista para o Liverpool existiu? As deslocações ao Minho têm sido complicadas, Famalicão e Gil Vicente são dois jogos cruciais?

- Não houve entrevista, muito menos acordo. A única coisa que queremos aqui todos é ser campeões pelo Sporting e nada vai mudar. Sou treinador do Sporting, não houve entrevista ou acordo com nenhum clube e estou apenas focado como sempre a defender o meu clube. Não vai haver entrevistas ou acordos com o treinador do Sporting. O assunto está completamente arrumado, seja para este ou outro clube. Não interessa se os jogos são no Minho, porque tudo pode acontecer. Se tivéssemos ganho todos os jogos no Minho se calhar pensaríamos que isso nunca aconteceu. Preparámos o Gil, queremos ganhar este jogo e depois vamos ao próximo. O que nos deixa mais ansiosos por este jogo é não sabermos bem como o Gil Vicente vai jogar. Os jogadores não fazem ideia de onde perderam pontos, se aquilo já é Minho ou ainda é Porto… É completamente indiferente e nós queremos muito ganhar o jogo.

A entrevista do agente de Gyokeres pode criar perturbação no plantel? O Sporting valorizou o plantel em quase 100 milhões, que impacto tem nisto e como é que este projeto encaixa na sua forma de treinar?

- Acho que encaixa no projeto de todos os treinadores, porque a ideia é melhorar a equipa e os jogadores. A valorização foi porque juntámos jogadores talentosos e uns ajudam os outros, o que tem mais impacto do que o papel do treinador. De nada vale se não terminarmos a época com títulos. Uma palavra para o scouting, conseguimos achar jogadores com grande talento e por um valor mais baixo. Não do treinador, mas sim dos jogadores, do scouting e de toda a estrutura do Sporting. Temos de vencer títulos para valorizar os jogadores. Quanto ao Gyokeres, todos os jogadores estão dependentes do treinador, se não treinarem bem não jogam amanhã e depois não jogam com o Famalicão... Não sinto que destabilize. Queremos que os jogadores se foquem no jogo, daí ser claro sobre a minha situação.

Que comentário faz às palavras de Augusto Inácio que críticou as palavras do agente de Gyokeres? Tem algum recado para a imprensa inglesa?

- Não vou comentar as palavras do mister Inácio, foi meu treinador e estreou-me. Tem a sua opinião e já disse muito bem da equipa. Tem uma opinião diferente e há que aceitar. Em relação à imprensa inglesa não vou comentar.

Se ganhar títulos, mantém-se no Sporting? Tem alguma palavra para Eriksson que vai ser homenageado na Luz?

- O futuro é com o Gil Vicente, não vou falar disso, estamos sempre a fazer as mesmas perguntas [risos]. O objetivo é ganhar títulos. Não consigo garantir que ganhamos o campeonato, portanto não posso garantir que fico. O Eriksson foi um treinador muito importante no Benfica. Com o meu crescimento, todos sabem o meu passado... Mourinho teve grande impacto na mudança do treino em Portugal e Eriksson também. Falo do lado do treinador, porque trouxe coisas novas. Houve um recorde qualquer que nós ficámos aquém do Eriksson. Tem esse senão. Passa por uma fase difícil e é bonito ver vários clubes a homenagear uma pessoa tão importante no futebol. Um abraço por parte do Sporting para o mister Eriksson.

Como está o Adán? Quando regressar volta para ser número 1? Há algum outro jogador lesionado?

- Temos um em dúvida, um jogador teve ali uma dor, vamos avaliar, não vou dizer qual é e de resto está tudo apto. O António Adán está a fazer trabalho de campo e está muito melhor do que estava na semana passada. Em relação a ser número 1 ou 2, é o mesmo para todos: quando estiver a treinar vai lutar pelo lugar e depois logo se vê. Não temos uma data certa para o regresso do Adán.

As bolas paradas defensivas têm sido o Calcanhar de Aquiles? Normalmente diz que o seu empresário tem uma semana no final da época para analisar convites. O trabalho começou mais cedo esta época?

- Em relação a isso não vou comentar, o futuro é o Gil Vicente e os próximos jogos, vamos ganhar o campeonato, esse é o foco. Há muito a fazer. As pessoas estão a dar passos à frente do que vai acontecer no fim da época. Nós estamos aqui a lutar pela vida e os jogadores têm de o sentir. Não podemos perder pontos e temos de seguir em frente com o nosso campeonato. Temos sofrido muitos golos de bola parada, principalmente de livres. Nessa parte do jogo somos das piores equipas, mas depois até a nível europeu somos das melhores em termos ofensivos, principalmente em cantos. Temos de ser mais agressivos, tentámos melhorar esta semana a velocidade com que vamos para o posicionamento e acho que pode ajudar. Temos de aumentar a concentração, agressividade e falar mais uns com os outros. Diria que se olharmos para a percentagem temos sofrido muito golos de bola parada e isso reflete-se… Esses pormenores temos de melhorar. Não diria que é o Calcanhar de Aquiles, mas temos de melhorar. É algo em que temos o nosso foco durante a semana.

Agora que a poeira assentou depois do dérbi com o Benfica, como sentiu a equipa nesta semana de trabalho?

- O sentimento de sermos campeões está lá desde início. Os jogadores ficaram muito felizes com o resultado. Tem influência o minuto do golo, o estádio, fomos para dentro. As pessoas acreditam cada vez mais mas há muito a fazer. Não senti euforia nenhuma. Senti que todos querem jogar e todos estão preparados mas eles têm noção da dificuldade dos jogos que vêm aí. Fiquei um pouco desconfortável porque os jogadores ficaram muito felizes mas foi só isso.