Liverpool e Manchester City empatam em jogo de grande espetáculo
Bernardo Silva e Mo Salah (IMAGO)
Foto: IMAGO

Liverpool e Manchester City empatam em jogo de grande espetáculo

Fechou em grande a rivalidade Pep-Jurgen na Premier League

Foi com espetáculo, intensidade e equilíbrio que se decidiu o último embate entre Jurgen Klopp e Pep Guardiola na Premier League: Liverpool e Manchester City empataram a um golo.

Falar deste encontro é também mencionar as bancadas de Anfield. Ainda antes do apito inicial, ouviu-se You'll Never Walk Alone nas bancadas. Momento, como já se sabe, de arrepiar.

A primeira parte foi marcada pelo equilíbrio. Se, nos primeiros minutos, o Manchester City teve o domínio, o Liverpool conseguiu reagir e criar mais oportunidades. O Liverpool chegou a marcar, mas foi o Manchester City, a partir do seu génio Kevin De Bruyne, a abrir as contas. Num canto batido de forma irrepreensível ao primeiro poste, John Stones apareceu para fazer o primeiro do encontro.

O Liverpool tentava acordar mas a precipitação era evidente. Com naturalidade, o Manchester City ia aproveitando alguns contra-ataques, mas Van Dijk mostrou-se imperial nas bolas divididas. Chegava o intervalo, mas o empate não tardaria.

Foi logo no início do segundo tempo que Aké tomou a sua pior decisão no jogo: um atraso mal-calculado permitiu a Darwin antecipar-se a Ederson. O guardião brasileiro fez falta e ainda se lesionou. Mac Allister, da marca dos 11 metros, não perdoou.

Certo é que esse foi o grande lance de Darwin, que foi apanhado por seis ocasiões em fora de jogo. Do outro lado do ataque estava Luis Díaz que, se por um lado estava exímio no 1 para 1, por outro, foi extremamente perdulário em frente à baliza...

O Manchester City procurava reagir, mas tal não acontecia. Wataru Endo ia dominando o meio-campo e, por isso, Pep Guardiola tirou De Bruyne e Álvarez para colocar Kovacic e Doku. Essas alterações permitiram mais energia no miolo e foi dos pés de Doku que surgiu a grande oportunidade do Manchester City no segundo tempo: ao minuto 89, o belga passa por Joe Gomez e acerta... no poste!

Foi também dos pés de Doku que ia surgindo mais uma grande penalidade, nove minutos depois! A abordagem mal calculada do belga podia ter valido a vitória ao Liverpool, mas Michael Oliver nada assinalou.

O encontro terminaria mesmo com este empate e, apesar da falta de golos, qualidade não faltou. Intensidade, oportunidades de parte a parte, exibições individuais e coletivas e o espetáculo nas bancadas contribuiram para dignificar o capítulo final de uma rivalidade que, ao fim de 29 jogos, acaba equilibrada - aliás, só assim podia ser.

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