Liverpool, Benfica, Gyokeres, tudo o que disse Amorim depois da vitória sobre o Estrela
Rúben Amorim fintou as perguntas sobre o alegado interesse do Liverpool em contratá-lo. Foto: António Cotrim/LUSA

Liverpool, Benfica, Gyokeres, tudo o que disse Amorim depois da vitória sobre o Estrela

NACIONAL29.03.202423:28

Conferência de imprensa do treinador na Reboleira

Quão importante são estes três pontos?

— Cada vez há menos jogos e não se pode perder pontos. São mais três pontos e será assim até ao fim. Em relação ao jogo, do primeiro ao último minuto mantivemos a nossa forma de jogar, não sofremos o golo por estar mal na partida. Foi na primeira vez que o Estrela conseguiu chegar à nossa baliza, tem uma oportunidade e depois sofremos um golo de canto. Tínhamos de ser mais agressivos no canto, o Franco [Israel] foi à bola porque foi salvar os colegas, não tem de ir ali à bola, e prejudicou-se para salvar os colegas e isso diz muito do caráter dele.  Deveríamos ter sido mais fortes ao primeiro poste. Mesmo sem criar muitas oportunidades de início, porque é difícil, ainda há muita intensidade na pressão do adversário, mantivemos a nossa forma de jogar, os espaços foram aparecendo e fomos inteligentes na abordagem do jogo e demos a volta ao resultado com toda a naturalidade. Deveríamos ter marcado o terceiro, mas controlámos o jogo longe da baliza, isso aconteceu. Foi um excelente jogo da nossa equipa, sofremos também por culpa nossa por não termos marcado mais golos.

— Há mais pressão sobre os jogadores para serem campeões?

— Devemos sentir pressão. Da mesma forma que senti no início da época depois da má época no ano passado, dissemos que éramos candidatos porque sinto que temos equipa para isso. Quer seja equipa experiente ou pouco experiente, sente-se sempre mais no fim do campeonato, mas demos uma resposta boa. Sofremos um golo e a equipa manteve a mesma linha. Mesmo com essa pressão mantivemos o nosso nível. A pressão é grande para nós e os outros clubes, preferimos essa pressão ao quarto lugar do ano passado, com o desenrolar do campeonato será pior, teremos de aprender a lidar com isso.

— O Liverpool está interessado em si?

— Sou apenas treinador do Sporting e estou focado na Taça de Portugal.

— Esta vitória representou mais que três pontos?

— A partir de agora é sempre importante ganhar. Não digo que tire esperança… mas quer nós quer os adversários estamos sempre à espera que alguém tropece e passa mais uma jornada e conseguimos ganhar.

Paulinho e Morita apresentaram queixas. Foi circunstancial ou é sinal de que a equipa está no limite?

— Não, temos de ver os lances, o Morita foi choque com o joelho. Paulinho quis mudar de direção e foi qualquer coisa no pé. O Nuno Santos apanhou um susto: quando não se rasga, não faz ideia do que sentiu. Tivemos coisas traumáticas, estão todos frescos. Faltam poucos jogos e queremos muito ganhar o campeonato.

Sporting continua a sofrer golos. Isso preocupa-o ou sente-se descansado porque a equipa marca tantos golos?

— Nunca estou descansado. Preocupa-me sofremos golos. Volto a dizer o que disse na semana passada:  não nos conseguimos lembrar de muitas oportunidades do Estrela ou até aproximações à área. Poderá criar problemas algum dia, mas estamos a defender bem e a sofrer golos. Temos conseguido dar a volta ao resultado marcando mais.

— A paragem para as seleções prejudicou Gyokeres? Pode esperar-se o melhor Gyokeres contra o Benfica?

Gyokeres é jogador de equipa, a equipa jogou bem, ele fez o trabalho dele, segurou muitas bolas e ligou o jogo, simplesmente não teve espaço para tantas arrancadas, não marcou nem assistiu mas fez o trabalho dele. Mas marcou o Paulinho e o Nuno Santos. Este não é o melhor Gyokeres porque não dá tanto nas vistas, mas há dias menos inspirados. Fez o jogo com Portugal e saiu cedo, depois não jogou o outro e sabem que ele tem de estar sempre em rotação, espero o maior rendimento na terça-feira.

— Quando regressará Adán?

— Está a recuperar, ainda não está a fazer grande trabalho, ainda demora.

— Equipa do Sporting foi festejada no fim e na Luz o Benfica foi assobiado. Isso poderá fazer diferença nos dérbis?

— Isso tudo muda. Mais importante é como vamos entrar no primeiro jogo, se o Benfica entrar por cima o público vai esquecer-se dos assobios e vai apoiar. Isso é irrelevante. São dois jogos muito importante, um decisivo e estaremos preparados para isso.

— Ofertas de grandes contratos fazem diferença aos jogadores. Isso também afeta os treinadores?

— Não, faz parte da vida de um profissional de futebol, estou muito focado no que temos de fazer, o treinador é igual ao jogador . Temos objetivos muito grandes, queremos muito ganhar e nada entra na cabeça sem ser os jogos que temos pela frente.