28 abril 2024, 20:05
França: todos os campeões
PSG tem 12 títulos na sua história, mais um do que Marselha e Saint-Étienne
Na hora de arranque do campeonato francês, estes são os dados que deve ter em conta
16 de agosto - o dia em que arranca a Ligue 1, com 18 clubes em disputa, e logo com os portugueses do PSG a estrearem-se na visita ao Le Havre. Os parisienses são, naturalmente, o grande destaque nesta antevisão que A BOLA preparou para a competição, mas não é apenas pelo poderio que têm demonstrado no campeonato francês.
A equipa de Luis Enrique mexeu-se bem no mercado e tem duas hipóteses: ou ficar refém do au revoir a Mbappé, ou aproveitar a milionária contratação de João Neves para o meio-campo. Contas feitas, continuará o PSG a ser favorito ao título? Venha daí connosco numa viagem aos confins de França para também saber qual pode ser a equipa revelação, o impacto do mercado e até o calendário desta primeira jornada.
28 abril 2024, 20:05
PSG tem 12 títulos na sua história, mais um do que Marselha e Saint-Étienne
É indiscutível que o PSG continua a ser o grande favorito para a conquista do tetracampeonato. Na última temporada, os parisienses somaram mais nove pontos que o segundo classificado, o Mónaco, que curiosamente foi dos poucos a conseguir bater o pé ao rival em 2016/2017. Ao mesmo nível, recorde-se, esteve o Lille em 2020/21. Ainda assim, se fizermos as contas, gira o disco e toca o mesmo... O PSG já soma 12 campeonatos em França (10 nas últimas 12 épocas) e, mesmo sem Mbappé, procura o 13.º no palmarés.
O emblema da capital conta agora com João Neves no meio-campo, ao qual se juntam outros nomes de peso como Donnarumma, na baliza, Vitinha, também no meio-campo, sendo que a frente de ataque continua a ser o elo forte da equipa. Kolo Muani, Dembelé e Asensio lideram uma lista que guarda algumas expectativas para o que vai fazer Gonçalo Ramos após a saída de Mbappé.
Apesar da hegemonia evidente do PSG, há outros clubes que podem ambicionar ser a grande revelação da temporada e, quem sabe, até lutar pelo título, o que é difícil, mas não impossível, diz-nos o passado. Tal como aconteceu na última época, o Mónaco, comandado por Adi Hutter, aparece em bom plano, muito pelas esperanças que deposita na frente de ataque em George Ilenikhena, de apenas 17 anos, que custou quase 19 milhões, proveniente do Antuérpia.
A seguir aparece também o Lyon, que, surpreendentemente, é o clube francês que mais investiu até agora neste mercado de transferências. Na retina fica a contratação de Niakhaté ao Nottingham Forest por mais de 30 milhões de euros. A equipa de Pierre Sage, onde também joga o guarda-redes português Anthony Lopes, conta com nomes como o ex-Benfica Matic no meio-campo e Lacazette na frente de ataque (na temporada passada, o avançado francês foi o segundo melhor marcador do campeonato).
O Lille também sabe bem o que é tirar o campeonato ao PSG, mas os franceses vão ter de se reinventar sem Paulo Fonseca ao comando. Da juventude de Angel Gomes à veterania do internacional belga Meunier, a equipa de Bruno Génésio vai tentar ainda melhor que o quarto lugar na temporada passada.
Por fim, temos o Marselha, que arranca a Ligue 1 depois do desapontante oitavo lugar em 2023/24, mas com uma pré-época de sinais positivos. Apesar da saída de Aubameyang, o clube reforçou-se com nomes como Mason Greenwood, que, depois dos números que fez em Espanha, procura continuar a renascer para o futebol em França. No meio-campo há a jovem esperança argentina Valentín Carboni, que chega por empréstimo do Inter de Milão, mas agora às ordens de Roberto De Zerbi.
A Ligue 1 perdeu três equipas, mas ganhou outras três. O Metz, o Lorient e o Clermont deram lugar a Auxerre, Angers e Saint-Étienne.
O histórico Auxerre regressa a esta Ligue 1 como campeão em título da Ligue 2. Em 2022/23, os Les Bleu et Blanc ficaram a um ponto do 16.º classificado Nantes, o que ditou a despromoção. Na última época, a reação não podia ter sido melhor, com o primeiro lugar na segunda divisão e com um registo goleador notável (72 golos, bem acima do segundo classificado).
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Apresentamos agora o Angers, que, curiosamente, acompanhou o Auxerre na despromoção e agora na subida de divisão. A equipa da região oeste de França acabou por não ter um regresso assim tão folgado, apenas com uma diferença de três pontos para o terceiro classificado.
É nestas contas que entra ainda outro histórico: o Saint-Étienne, que regressa ao principal escalão por via do play-off depois de, em 2021/22, ter caído precisamente por esse meio. Na última temporada, a equipa ficou no terceiro lugar, sendo mesmo a melhor defesa da Ligue 2, com 31 golos sofridos. No play-off, o Saint-Étienne começou por eliminar o Rodez e depois garantiu a promoção a duas mãos frente ao Metz. Para se perceber a dimensão deste regresso, basta relembrar que estamos a olhar para um clube que apenas tem menos um campeonato que o PSG.
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Para fazer uma antevisão completa à Ligue 1 2024/25, temos também de olhar para o que nos trouxe o mercado de transferências e onde se encontra um top-5 de contratações.
O maior investimento desta temporada chega de... Portugal. João Neves transferiu-se do Benfica para o PSG por 60 milhões de euros, aos quais acrescem dez milhões em objetivos. É uma das grandes esperanças na época dos parisienses, que têm também a segunda maior contratação: o central Willian Pacho, que chegou do Eintracht Frankfurt por 40 milhões de euros.
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O resto do investimento foi em maioria dos cofres do Lyon. O defesa Niakhaté é a terceira transferência mais cara deste defeso, tendo custado 31,9 milhões de euros, proveniente do Nottingham Forest.
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Ainda no Olympique, temos ainda o nome de Ernest Nuamah, jovem avançado ganês de 20 anos, que já tinha estado emprestado na temporada passada pelo RWD Molenbeek, e que foi agora contratado a título definitivo por 28,5 milhões de euros.
Greenwood fecha o top-5 e é mesmo dos principais nomes a ter em conta para esta edição da Ligue 1. Depois de ter renascido no Getafe, onde apontou 10 golos e sete assistências na última temporada, o jovem avançado inglês foi anunciado como reforço do Marselha por 26 milhões de euros.
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Para já (esperam-se várias movimentações, de entradas e saídas, até ao fecho do mercado no final de agosto), há dez portugueses na Ligue 1. O PSG tem o maior contingente, metade: a Nuno Mendes, Vitinha, Danilo (deve sair) e Gonçalo Ramos juntou-se este verão João Neves. O Lille é o outro clube com mais que um jogador: o lateral-direito Tiago Santos e o central Rafael Fernandes. Há ainda Anthony Lopes (que pode deixar o Lyon), David Pereira da Costa (no Lille) e Diego Moreira (contratado pelo Estrasburgo ao Chelsea, clubes que têm o mesmo dono).