«Juntos são dores de cabeça a dobrar, triplicar…»
Daniel Ramos diz a A BOLA que Gyokeres e Harder podem jogar juntos e até fazem sentido no sistema que o Sporting utiliza. Os problemas (enormes) para os adversários…
Gyokeres e Harder passaram no primeiro teste em que ambos foram opções iniciais de Rúben Amorim. O primeiro, sem surpresa, bisou diante do Aves SAD e somou o 10.º golo na Liga, enquanto o jovem dinamarquês, de apenas 19 anos, teve uma estreia fantástica no onze com um golo e uma assistência para o colega do ataque nórdico. Uma fórmula perfeita que abriu a porta a novas apostas para o futuro. Será esta dupla compatível? A BOLA foi ouvir alguns treinadores sobre essa possibilidade e, na generalidade, a resposta foi positiva.
Daniel Ramos, treinador de 53 anos, muito experiente no futebol português, não hesitou na resposta.
«Claro que podem jogar juntos. Principalmente pela forma de jogar do Sporting. Os dois avançados encaixam. Num 4x4x2, que não é o caso, mas num sistema 5x2x3 ou 3x4x3, este mais utilizado no Sporting, onde os homens da linha de três que jogam por dentro têm muito jogo interior. Jogam muitas vezes como segundos avançados. Certamente que esta fórmula irá acontecer muitas outras vezes no futuro. A possibilidade de jogar um, para possivelmente poder refrescar o outro, dar tempo de descanso, como o Sporting vai fazer muitos jogos, é possibilidade forte, mas acredito que jogarem dois juntos em simultâneo também irá acontecer com frequência. Porque é compatível com o sistema tático que o Sporting utiliza neste momento», disse o técnico, que falou daquilo que une os dois jogadores.
São dores de cabeça a dobrar ou triplicar… porque não são apenas os dois. São muitas dores de cabeça para o adversário. E vai trazer também nuances diferentes ao jogo do Sporting porque têm mais um avançado possante para jogar nessa posição e vai permitir que o Rúben Amorim possa fazer essa gestão. E mais importante: perceber em que jogos em que isso pode acontecer
«São semelhantes e da forma como joga o Sporting isso faz muito sentido. Porque é preciso jogadores que joguem bem por dentro e que tenham baliza. São os falsos alas do Sporting que jogam por dentro, onde jogam Trincão e o Pote, o Sporting quer ter nessas posições um jogador com caraterísticas de ponta de lança com chegada na área, capacidade de finalização, com verticalidade, faz muito sentido poder jogar com um segundo avançado. O Sporting já o fazia quando tinha Paulinho. Vai ser muito útil para o Sporting», anteviu, não sem antes falar dos problemas que os adversários vão ter para travar estes dois jogadores.
«São dores de cabeça a dobrar ou triplicar… porque não são apenas os dois. São muitas dores de cabeça para o adversário. E vai trazer também nuances diferentes ao jogo do Sporting porque têm mais um avançado possante para jogar nessa posição e vai permitir que o Rúben Amorim possa fazer essa gestão. E mais importante: perceber em que jogos em que isso pode acontecer. Se é algo que se enquadra ou não jogarem juntos nesse jogo específico. Tudo está nessa questão», finalizou o técnico.