Marítimo José Gomes deixa o clube: «Só posso comparar à morte de um familiar próximo»
José Gomes sai do Marítimo com sentimento amargo, com um grande aperto no coração. A descida de divisão da equipa está a custar a ser ultrapassada. «Ainda sinto aperto no coração pelos adeptos e por aquilo que eles estão a sentir. É realmente um aperto que não sai. Só posso comparar à morte de um familiar próximo», disse.
Questionado sobre que levou a tão cruel destino do Marítimo, José Gomes, em declarações à RTP Madeira, divide responsabilidades. «Por erros, por más decisões, por desconcentrações, por deslizes, por incompetência seja ela de que ordem for e, muitas vezes, por erros que nada têm a ver connosco e que nos prejudicaram em muitos jogos. Fizemos um trabalho árduo, entreguei-me à causa maritimista com o meu sangue, com o meu suor e não foi suficiente. O meu sentimento é de frustração.»
Apoio teve e muito por parte da estrutura ligada ao futebol profissional do Marítimo. «Desde que cheguei, a Direção deu todo o apoio. Não faltou nada. Seria uma enorme cobardia da minha parte neste momento dizer que estive sozinho, o que não é verdade, que a culpa não é minha, o que não é verdade. A responsabilidade numa equipa é como um bolo. Existem fatias para todos. Eu comi a minha parte.»
Na hora da saída, um conselho à organização do futebol do Marítimo para a nova temporada. «Tudo o que diz respeito à equipa profissional de futebol, esta tem que estar preparada para ser tudo mais célere, mais rápido, mais dinâmico para poder ser mais eficiente. No fundo, fazer as coisas bem com o mínimo de turbulência até ao fim.»
Até ao início da próxima semana, o Marítimo vai anunciar o novo treinador.