Jorge Jesus não descarta Neymar: «Conto com ele na Champions e no Mundial»

Técnico explica decisão de não inscrever o astro brasileiro no campeonato saudita e desfaz-se em elogios: «Tive o azar de não poder trabalhar com um dos melhores do Mundo»

Jorge Jesus, treinador do Al Hilal, afirmou que, mesmo não inscrevendo Neymar para o campeonato, conta com o astro brasileiro para as restantes competições, a Liga dos Campeões da Ásia e o Mundial de Clubes. «Não sei se ele vai aceitar ou não. Gostaria que ele aceitasse», adicionou ainda.

«Um jogador que está há 15 meses lesionado, na Arábia Saudita, no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo, tem dificuldade em recuperar em competição. E ele sabe isso perfeitamente. Também estou numa situação em que não posso inscrever mais jogadores, teria de tirar alguém. E, hoje, tirar um dos oito estrangeiros do Al Hilal é difícil», começou por explicar Jorge Jesus em entrevista à comunicação social brasileira. Apesar disso, refere o técnico português, o astro brasileiro não é 'carta fora do baralho'. «Neste momento, o Al Hilal tem duas competições. Está fora de uma, mas ainda tem 12 ou 13 jogos na Champions da Ásia. Não é o que ele gostaria, que era estar nas duas. A administração e o PIF [fundo de investimento público saudita] é que decidem a situação.»

Jesus deixa, então, um pedido ao jogador: «Gostaria que ele estivesse comigo na Champions. Se eu ainda estiver aqui no Mundial, e ele também, gostaria que estivéssemos inseridos nesse projeto.» Contudo, o treinador não se esquece da possibilidade de saída do brasileiro: «A partir de agora, as coisas não passam só por mim, passam pelo PIF, pela administração. E também por ele, como é óbvio.» Seja qual for a decisão, uma coisa é certa: Jorge Jesus só tem elogios para Neymar: «Tive o azar de não poder trabalhar com um dos melhores jogadores do mundo. O Neymar esteve comigo um mês, lesionou-se e há 15 meses que está a tentar recuperar. É um rapaz espetacular. Não tem nada de vedeta na equipa, é um rapaz do grupo, adorável de trabalhar», descreveu o português.