Jogador israelita do Granada denunciado por crimes de ódio
Shon Weissman, jogador do Granada
Foto: IMAGO

Jogador israelita do Granada denunciado por crimes de ódio

INTERNACIONAL14.10.202313:50

Grupo de palestinianos acusa Shon Weissman de difundir mensagens que promovem a violência

Shon Weissman, jogador do Granada, foi denunciado às autoridades por crimes de ódio. Em causa mensagens do jogador, que é israelita, nas redes sociais, devido ao conflito de Israel com o Hamas.

Um grupo de cidadãos palestinianos residente em Granada e outros adeptos do clube apresentaram a denúncia no MP provincial da cidade, por alegado delito de ódio, devido ao conteúdo de publicações criadas ou partilhadas pelo jogador depois da escalada de tensão no território.

Nomeadamente, conta o jornal As, Weissman comentou um vídeo em que se via militares com as armas apontadas a alegados terroristas palestinianos, com a questão ‘porque não lhe dispara para a cabeça?’. O comentário foi entretanto apagado, mas o jogador continuou a partilhar outros tweets com contexto violento.

O jornal As falou com o agente do jogador, Roy Rajber, que o ilibou: «A pessoa responsável pelas suas redes sociais atuou de forma impulsiva e errada. O Shon apoia Israel perante os atos bárbaros contra adultos e crianças, mas também está contra a violência e reza pela paz.»

Nada que convença os queixosos. «Esmagar. Espremer. Esmagar. Até à vingança de Deus»; «Que razão lógica existe para que 200 toneladas de bombas ainda não tenham sido lançadas sobre Gaza?”»; «Não é necessário avisar, basta apagar»; «Toda Gaza apoia o terrorismo» são alguns dos conteúdos que o jogador é acusado de difundir através de ‘likes’.

«Vale lembrar que Gaza é uma das áreas mais densamente povoadas do planeta e é habitada por cerca de 2 milhões de pessoas, das quais 40% têm menos de 14 anos. Acreditamos que existem indícios de que está a ser cometido um crime de ódio pelos conteúdos que o jogador está a ajudar a divulgar. Por isso exercemos o nosso legítimo direito de denunciar ao Ministério Público para que este decida se há indícios ou não», destaca a queixa.

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