19 maio 2024, 17:22
Boavista: Reisinho vestiu a capa de herói em tarde histórica
Terminou a época mais profícua da carreira do esquerdino, e logo com um golo decisivo, no último suspiro, que selou a manutenção das panteras
São 21 anos de pura irreverência de um esquerdino que apareceu forte nas duas últimas jornadas para ajudar a tirar a pantera das profundezas da Liga. Se Reisinho foi herói contra o Vizela, não haveria final feliz sem o golo de Joel. Ficou, no finalzinho, a imagem de um jogador que promete dar muito que falar na próxima temporada.
- O jogo com o Vizela teve um herói, o Reisinho, mas também personagem importante que foi o Joel, porque se não marcasse o primeiro golo, não haveria esperança em chegar ao segundo. Como foi vivenciar essa partida?
- Foi muito intenso, um misto de emoções, de alegria, felicidade. Tivemos tudo. Nós tínhamos o objetivo de deixar o clube na I Liga e felizmente conseguimos realizá-lo.
- Quando marca o golo do empate contra o Vizela contava arrumar a questão da permanência?
- Sim. Na segunda parte já estávamos por cima e o Vizela não estava assim tão bem. A realidade é que nada é fácil no futebol.
- O Reisinho marca a grande penalidade decisiva. Como viu a responsabilidade que ele assumiu?
- Ele tem uma personalidade forte. Nos treinos bate sempre os penáltis, mas ali, no último minuto, passa-nos muita coisa na cabeça. Quando vi a bola entrar senti um alívio muito grande.
- Vamos falar um bocadinho do Joel. Faz 16 jogos, mas só os dois últimos a titular e surge muito bem no Dragão. Porque é que aparece na parte mais difícil da época?
- Foi uma questão de trabalho, de evolução. Estive sempre a aprender com os meus colegas, com os treinadores, e o treinador.
- É esquerdino. Sempre foi médio centro de origem?
- Sou esquerdino puro mas nem sempre fui médio. Na formação do FC Porto era lateral-esquerdo. Passado uns anos fui para o médio centro. Posso fazer de seis ou oito.
- Ainda se cruzou com o Gustavo Sá na formação. Como é que entra no FC Porto e depois chega ao Boavista?
- Entrei no FC Porto com sete anos e estive lá nove anos. Ao cabo desse tempo decidiram não apostar mais em mim e o Boavista abriu-me as portas. Tenho de agradecer ao Boavista porque realizei o meu sonho, estou a jogar na I Liga.
- Com o Vizela marca um golo e o Reisinho converte a grande penalidade que o Martim ganha. Três jovens da formação que tiveram contributo importante nesse jogo. É mais fácil vingar aqui?
- A aposta do clube vai nesse sentido e temos essa exigência de estar lá em cima. Por exemplo, tivemos o Tiago Morais, que esteve emprestado. Regressou, assumiu-se como titular e agora explodiu [no Lille]. Temos o Pedro Malheiro e o João Gonçalves, que são titulares. Há muita exigência no Boavista.
19 maio 2024, 17:22
Terminou a época mais profícua da carreira do esquerdino, e logo com um golo decisivo, no último suspiro, que selou a manutenção das panteras
- Contra o FC Porto jogou como se fosse sempre titular. Essa confiança faz parte das suas características como jogador?
- Sim, entrei sem nervosismo, estava tranquilo. Muitas pessoas olharam para o meu jogo e não me viram nervoso nem nada. Estive sempre tranquilo, fiz o meu jogo e correu bem.
- O que é que esperas da tua carreira agora? Achas que a terceira época de sénior poderá ser de afirmação?
- Sim, espero continuar a jogar, dar alegria aos adeptos, como eles merecem. Espero um grande ano, que não seja como foi este, em que tivemos de lutar até ao fim pela permanência. O Boavista merece estar bem acima na tabela.
- Em termos de jogadores, quais são as tuas referências?
- Sempre gostei do Kevin de Bruyne, do City. Gosto muito dele, do estilo do jogo, sempre tentei copiá-lo, ver o que ele fazia de melhor. Tem um bom passe, eu também acho que tem um bom passe, tento sempre ver este tipo de jogadores. O Modric, o Toni Kroos, gosto muito deles.
- Não tem historial nas seleções. Esperas ainda ter oportunidade nos sub-21?
- Tenho esse objetivo, ser chamado à seleção. Era um sonho. Talvez aconteça em breve.
- Para a seleção principal tens de esperar um bocado?
- Um ou dois anos (risos).