Javier Tebas atira-se a Infantino: «Retire o Mundial de Clubes agora»

Presidente da La Liga discursou no segundo Fórum da União Europeia e sublinhou que a competição que estreia em 2025 não é a solução para os problemas do futebol mundial

Javier Tebas, presidente de La Liga, voltou a apelar à não realização do Mundial de Clubes de 2025.

Durante o discurso no II Fórum da União Europeia, em Bruxelas, o dirigente espanhol dirigiu-se ao líder da FIFA, Gianni Infantino, e enfatizou que a presente prova serve apenas para «desorganizar» o calendário das restantes competições.

«Não é necessário para os jogadores, nem para os clubes, nem para a FIFA, e a única coisa que faz é desorganizar. Presidente da FIFA, sabe que não vendeu os direitos audiovisuais por causa do orçamento que disse. Sabe que não tem os patrocínios que tinha orçado e sabe que as ligas e os sindicatos dos jogadores não querem o Mundial de Clubes. Retire o Mundial de Clubes agora», começou por dizer Tebas, acrescentando que a competição irá usar os fundos de apoio aos clubes para os prejudicar.

«Pegue de volta e vamos sentar-nos para negociar. Diálogo e negociação são diferentes, a negociação termina com o acordo e o diálogo termina com nada, estamos a conversar com a FIFA há anos. Estou certo de que chegaremos a acordo. Os propósitos que tem para o mundo do futebol, também os temos. Não somos egoístas. Isto não se resolve com um Mundial de Clubes», acrescentou.

Por fim, o presidente da La Liga referiu-se aos acórdãos proferidos no último ano pelo Tribunal de Justiça da União Europeia e a influência na governação do futebol a nível mundial.

«Apelo agora à FIFPRO. Temos de mudar o rumo da governação. Ontem iniciámos um caminho que deve continuar. Não caiamos na armadilha que sempre nos foi preparada. Se não cairmos, o sucesso será nosso. Quem negoceia o acordo coletivo nas ligas nacionais é a liga e os sindicatos, temos de transferir isto para o mundo internacional», concluiu.

Recorde-se que a La Liga, vai unir-se com a Premier League e a  FIFPRO para denunciarem a FIFA à União Europeia devido à sobrecarga do atual calendário competitivo.