Inédito: Auxerre pede «reserva técnica» depois de penálti polémico e jogo pode ser repetido

Pouco antes do intervalo, o Lyon teve direito a uma grande penalidade, diante do Auxerre, após uma falta de Gideon Mensah (ex-Vitória de Guimarães) sobre Mikautadze, ao minuto 40, mas passaram cerca de 10 minutos entre o momento da falta e o momento em que o penálti foi batido, com sucesso.

Num primeiro momento, o árbitro não assinalou falta por considerar que a bola passou por fora das quatro linhas, mas, após ser chamado pelo VAR, Jérémy Stinat mudou de opinião.

No entanto, a demora foi tanta porque o capitão dos forasteiros, Jubal, que também passou por Portugal, apresentou uma «reserva técnica», que, de acordo com o regulamento da Liga Francesa (LFP), contesta a decisão do árbitro por este ter interpretado mal a jogada. O jogador afirmou que ouviu o apito do árbitro antes da falta acontecer, pela bola ter saído de campo, o que invalidaria a possibilidade de ser assinalada grande penalidade.

«Na minha opinião, a bola sai, mas o problema é que o árbitro apita. Parámos e depois houve contacto na área. Se apitou antes, é uma paragem e ele sabe muito bem que apitou antes», disse o defesa, durante o intervalo, sendo que o árbitro manteve a decisão, garantindo que a bola não saiu das quatro linhas e que não apitou antes da falta.

«Esta é uma oportunidade dada aos capitães se eles sentirem que o árbitro cometeu um erro. O árbitro pede ao capitão reclamante, ao capitão adversário e ao árbitro assistente mais próximo que se apresentem. Perante estas três pessoas, o árbitro regista o que o capitão disse. O comité avaliará depois as imagens», explicou, Said Ennjimi, antigo árbitro, ao L'Équipe.

Caso o clube mantenha a sua posição, o árbitro principal terá de elaborar um relatório e, se for mesmo confirmado o apito do mesmo, o jogo pode ser repetido, de acordo com o artigo número 559 do regulamento da Liga Francesa (LFP).