Hugo Oliveira: «A vitória vai chegar fruto do nosso trabalho, não vai cair do céu»

Treinador do Famalicão confiante no primeiro triunfo ao leme dos minhotos. Assenta essa crença na resposta dada pela equipa diariamente. Elogia o Estrela da Amadora e dá a receita para o sucesso. Mercado a funcionar faz parte da conjuntura global

O Famalicão não vence há quase três meses - o último triunfo foi a 3 de novembro de 2024, diante do Aves SAD (3-2), para a 10.ª jornada da Liga e ainda sob a orientação de Armando Evangelista -, mas em Vila Nova há a crença de que o cenário vai ser invertido já no próximo desafio.

A confiança ficou bem patente no discurso de Hugo Oliveira - técnico que soma dois empates e três derrotas desde que assumiu o cargo -, por ocasião da conferência de Imprensa desta sexta-feira, de antevisão ao jogo com o Estrela da Amadora, referente à 19.ª jornada da Liga e que está agendado para as 15.30 horas de amanhã.

«O passo que temos de dar é o do trabalho, com um dia a dia sério e rigoroso no sentido do desenvolvimento da nossa ideia. Encaramos o próximo jogo com o objetivo de ganhar, que é para trazermos um sorriso aos nossos adeptos e também a este grupo de trabalho. Esse é o caminho. Sabemos que no futebol é mais fácil ganhar confiança ganhando, mas essa vitória vai chegar fruto do nosso trabalho, não vai cair do céu. Será fruto do trabalho, resiliência, da paciência, da perseverança, e isso tem de ser no dia a dia. A semana de treinos foi positiva e tem de culminar como nós queremos. O Estrela da Amadora é uma equipa que gosta de olhar para a baliza adversária e que também é muito pressionante, com jogadores experientes e agressivos ofensiva e defensivamente. Acho que vamos ter um jogo extremamente competitivo. Temos de encontrar o espaço para sermos objetivos», analisou.

Instado a pronunciar-se sobre as recentes mexidas no plantel dos tricolores, Hugo Oliveira diz que é uma situação normal devido ao facto de a janela de transferências de janeiro estar aberto, algo que, naturalmente, é equitativo a todas as equipas: «O mercado está aberto para todas as equipas. Não acho que existam clubes mais beneficiados ou prejudicados porque estamos todos a jogar o mesmo campeonato, que é aberto ao mercado e em que todos os clubes vão ter saídas e entradas. Aconteceu com eles tal como aconteceu connosco. Mas o importante para nós é estarmos focados no nosso trabalho e nos jogadores que temos e é isso que nos dá a crença de que vamos sair vitoriosos.»

E por falar em mercado, o Famalicão também já promoveu mudanças no seu grupo de trabalho. Hugo Oliveira explicou as entradas de Vaclav Sejk, Pedro Bondo e Simon Elisor, confirmando também a saída de Riccieli (que rumou ao campeonato chinês). Já sobre Zaydou Youssouf (que nos próximos dias deverá ser oficializado pelo Al Fateh, emblema da Arábia Saudita que é orientado pelo português José Gomes), apenas a certeza de que não estará nas opções para a receção aos amadorenses.

«Em relação às chegadas [Václav Sejk, Pedro Bondo e Simon Elisor], são jogadores que vão fazer o grupo mais forte e que foram muito bem recebidos por todos no clube. Eles sabem que vêm fazer parte de um plantel que gosta de trabalhar e que vai assimilar rapidamente as suas caraterísticas, da mesma maneira que eles têm de assimilar as ideias da equipa e do treinador. Os dois jogadores para a frente de ataque achámos que era importante trazê-los nesta altura da época, já os conhecíamos e em quem o treinador e o clube acreditam. O Pedro [Bondo] chega para uma posição em que só tínhamos um jogador de raiz [Rafa Soares], vem de um campeonato diferente, mas já com experiência em Portugal, no Sporting B, e também acreditamos que pode vir a se importante para o clube. Relativamente às saídas, desejo toda a sorte do mundo ao Riccieli, que foi um jogador muito importante para este clube, era o capitão de equipa e teve sempre um comportamento inexcedível, dentro e fora do campo. Em relação ao Zaydou [Youssouf], não está disponível para o jogo, é a informação que eu tenho neste momento», concluiu o treinador dos azuis e brancos do Minho.