«Horror», «Benfica mumificado» e o «pobre João Neves»: imprensa espanhola analisa o Real Sociedad-Benfica
João Neves e Barrenextea (Imago)
Foto: IMAGO

«Horror», «Benfica mumificado» e o «pobre João Neves»: imprensa espanhola analisa o Real Sociedad-Benfica

NACIONAL09.11.202310:46

Roger Schmidt é apontado como culpado e exibição dos bascos é saudada

Com uma campanha para esquecer na Liga dos Campeões, o Benfica é analisado com várias críticas depois da derrota por 1-3 no terreno da Real Sociedad, em jogo da 4.ª jornada da Liga dos Campeões. 

À margem do resultado, é também criticado o comportamento dos adeptos encarnados, com o lançamento de tochas, o que levou até à interrupção do jogo, pouco depois do início da segunda parte. 

É último classificado do grupo D, com zero pontos e apenas um golo marcado – ontem, por Rafa. 

Eis o que diz a imprensa espanhola:

Diário Vasco:

«Real classifica-se para os oitavos de final da Liga dos Campeões e mais uma vez deixa a Europa sem palavras após vencer o Benfica em jogo incrível»

«Roger Schmidt apresentou um esquema diferente do de Lisboa, mas encaixou ainda pior que o anterior. Colocar João Neves na ala com Barrenextea pela frente condenou-o»

Jornal As:

Levará algum tempo para esquecer o que vivemos na Reale Arena frente ao Benfica. Em todos os sentidos. No positivo e no negativo. Porque tal como dizemos que o que a Real Sociedad fez é histórico, também temos de dizer que algo de muito grave poderia ter acontecido com o lançamento das tochas  dos ultras do Benfica. Felizmente foi um susto, mas mancha o espetáculo que a Real ofereceu aos seus adeptos, que desfrutaram de uma das melhores primeiras partes que se podem lembrar com Imanol Alguacil no banco. A Real chegou ao intervalo vencendo por 3-0, mas poderia facilmente ter sido 6-0»

«O Benfica, um brilhante bicampeão europeu, ajoelhou-se diante de uma Real Sociedad avassaladora, o que lhe deu uma lição histórica. Um banho frente a um rival que nada disse e que coloca a equipa nos oitavos de final pela segunda vez na sua história. Que tremam os favoritos! O volume do seu futebol foi tão grande que rompeu os tímpanos dos lisboetas. Do aquecimento até o último apagão, foi um turbilhão que marca a época»

« Defensivamente, a equipa vermelha nem sabia para onde se virar. O Benfica ficou mumificado, era um fóssil,  a agonia levou-o para uma caverna do horror. Para isso contribuiu o seu treinador, que colocou Neves na lateral, algo para o qual não está preparado, e deu a Barrenetxea uma pista para brilhar. Um cervo a dormir a sesta era mais assustador do que essas águias comidas por traças. (…) Neves foi um espectador na primeira fila. O que fazia ali o pobre rapaz?»

Jornal Marca: 

«A Real fez o seu trabalho, e muito bem, ao vencer o Benfica por 3-1, resultado até curto. (…) Voltou a superar claramente o Benfica, marcando cinco golos em apenas meia hora de jogo, embora dois deles tenham sido anulados. (…) A equipa de Imanol Alguacil voltou a exibir um jogo espectacular, que desta vez acompanhou com quase a máxima eficiência»

Sport:

Exibição, banho, 'masterclass' de futebol, inúmeras qualificativos que demoraríamos mais tempo a procurar do que o Real levou para vencer um campeão da Europa e de Portugal como o Benfica. Parecia um jogo de profissionais contra juniores numa meia hora mágica e histórica, daquelas raramente vistas no mundo do futebol.»