Hassan: «Substituir Gonçalo Ramos vai ser difícil»

Hassan: «Substituir Gonçalo Ramos vai ser difícil»

INTERNACIONAL12.09.202316:34

Avançado marroquino das águias nos anos 90 analisa os pontas de lança do Benfica, Musa e Arthur Cabral

Era a posição dele em campo. O número 9. «Só queria era jogar e marcar golos. Era o meu prazer!», disse Hassan em entrevista a A BOLA, lançando o mote para uma análise à saída de Gonçalo Ramos e aos elementos da linha mais avançada do atual plantel: Musa e Arthur Cabral.

«Perder um Gonçalo Ramos e integrar outro avançado rapidamente é algo muito difícil em qualquer equipa e nem sempre resulta. Ramos é novo e tem enorme qualidade. Mas o PSG tem poder financeiro, é normal que consiga contratar as jovens pérolas. Certo é que substituí-lo vai ser difícil, mesmo sabendo que o Benfica tem acertado com os goleadores», considera Hassan, prevendo uma integração rápida dos pontas de lança no atual onze. 

Em Portugal, fala-se do Benfica a toda a hora, em todo o lado. Claro que a pressão da antiga Luz era brutal. Mas senti que estava preparado.

«Com a equipa do Benfica como está, com a qualidade tática de Schmidt, os avançados terão integração rápida. Sem esquecer, claro, que a pressão no Benfica é muito grande…», recordou.

E sentiu Hassan essa pressão quando chegou à Luz no verão de 1995, há 28 anos? 

«Eu quando comecei a jogar foi no Wydad Casablanca (WAC). Era um gigante, o maior da capital. Eu era jovem e tinha sido melhor marcador dos sub-19 com 36 golos. Ali a pressão já era enorme. A pressão de ser melhor, de ganhar títulos, eu já a tinha no Wydad», começa por contar Hassan. 

Hassan (à esq.), como treinador adjunto do Wydad Casablanca, onde começou a carreira

«Portanto quando cheguei ao Benfica já tinha alguma base. Mais: joguei antes no Farense e quando cheguei ao Benfica já sabia. Em Portugal, fala-se do Benfica a toda a hora, em todo o lado. Claro que a pressão da antiga Luz era brutal. Mas senti que estava preparado. Tinha sido o melhor marcador em 1994/95 (21 golos em 19 jogos) e achava: agora estou num grande como o Benfica e também vou ser. A motivação era enorme. «Só queria era jogar e marcar golos», rematou.

Quanto à Liga atual, a de 2023/2024, «ainda é muito cedo para percebe quem é o principal candidato, porque as equipas ainda não estão na melhor forma e os jogadores novos ainda estão a adaptar-se». 

Mas não arrisca um prognóstico? «Não consigo mesmo dizer quem é o favorito. Mas, lá está, os eternos Benfica, FC Porto e Sporting estão na pole position sempre. E agora há um Braga cada vez mais forte nos últimos anos. E estou a gostar do Famalicão e do Boavista», expressou Hassan.

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