Gyokeres, Cancelo e estreias: tudo o que disse Roberto Martínez
Roberto Martínez na conferência de imprensa realizada esta quarta-feira na Cidade do Futebol, em Oeiras (Foto: Miguel Nunes)

Gyokeres, Cancelo e estreias: tudo o que disse Roberto Martínez

NACIONAL20.03.202413:35

Conferência de imprensa do selecionador nacional na véspera do jogo com a Suécia

 Perspetiva sobre o jogo frente à Suécia e pontos de contacto com o Europeu

«Acho que a atitude da Suécia é muito competitiva, eles têm um novo treinador, é uma nova era. Têm uma grande qualidade individual de jogadores, é uma equipa que podia estar no Europeu, com uma linha de atacantes de alto nível, a competitividade vai ser de um jogo de europeu. A linha ofensiva da Suécia dará para trabalharmos conceitos defensivos e ligações. Há equipas que jogam com dois pontas de lança, eles têm Kulusevski, Forsberg, Elanga nas alas que criam situações de um contra um. Pretendemos reforçar conceitos que já temos de dez jogos feitos.»

O que pode dizer sobre João Cancelo?

«Agora precisamos ter naturalidade, não é certo este barulho. João Cancelo consta do lote de jogadores para o segundo jogo, estamos a acompanhar os futebolistas e agora não é motivo para alerta.»

Tem antídoto para travar Gyokeres?

«Victor [Gyokeres] é, na minha opinião, uma das melhores contratações de verão do futebol europeu. Mas precisamos de trabalhar a linha defensiva, não apenas defender um jogador. Além disso, Gyokeres joga de maneira diferente na Suécia do que no Sporting, na Suécia ele atua com outro ponta de lança e com jogadores de pé trocado que entram na área com facilidade. Jogadores como Elanga e Forsberg obrigam-nos a elevar o patamar da comunicação defensiva, que precisa de estar perfeita. É uma oportunidade única para testar conceitos defensivos.»

Haverá estreias?

«Os jogadores conhecem bem o meu processo. O estágio tem sido de alto compromisso, os jogadores no treino mostraram que há uma competitividade para todas as posições na Seleção. Tentaremos que ninguém jogue 180 minutos.»

Como tem analisado os estreantes Jota Silva, Francisco Conceição e Dany Mota?

«Não é fácil chegar à Seleção, mas gostei muito do equilíbrio, personalidade forte, mas muito respeito que eles mostraram. O grupo abriu-se bem aos novos jogadores, pois eles podem vir a ser importantes. Precisamos de ter os melhores 23 para o Europeu e este estágio é perfeito para ter essa informação dos jogadores. Gostei muito da confiança de Jota [Silva], Chico [Conceição] e Dani [Mota], têm uma força intensa que é muito positiva para a Seleção.»

Surpreenderam-no em pouco tempo tal como aconteceu com João Neves?

«Foram três dias, mas acho que a primeira impressão é muito boa, gostei muito de Jota Silva, é muito versátil, avançado que também joga na ala esquerda , Dany Mota tem capacidades semelhantes e quanto a Francisco Conceição gostei muito do que ele fez no Europeu de sub-21 e que tem feito nestes cinco meses no FC Porto. O que eles estão a fazer nos clubes estão a fazer nos treinos da Seleção e isso é um sinal de maturidade. Os jogadores estão a trazer uma nova fome no balneário para estes dois jogos e isso é muito importante.»

Já decidiu quem sairá da lista para o jogo seguinte?

«A lista já está feita, está tudo tratado, todas as decisões têm um motivo, seja as informações dos clubes, quem fica na liga portuguesa e os que ficam no estrangeiro, tudo está tratado, não vamos esperar pelo que vai acontecer frente à Suécia.»

À medida que chegam mais jogadores, melhor fica a Seleção. Vai chegar favorita ao Europeu?

«É o eterno debate: não há favoritismo num Europeu porque é uma competição feita de detalhes. Vencer sete jogos num Europeu tem a ver com detalhes. O importante é criar competitividade no grupo e um ambiente saudável. Querer vencer faz um grupo melhor. Este estágio ajuda-nos a tomar decisões e depois dos três primeiros jogos no Europeu iremos avaliar como estamos relativamente a outras equipas. Estamos a tentar que os jogadores façam na seleção o que estão a fazer nos clubes. O trabalho que tem sido feito nas seleções nos últimos anos em Portugal é espetacular.»

Que opinião tem de Tomasson, o primeiro treinador estrangeiro na Suécia?

«Conheço muito bem o trabalho dele no Blackburn, não precisa dos meus conselhos. Ele vai tentar extrair o melhor dos seus homens mais ofensivos, penso que ele é o homem indicado para isso. Vamos ver o futebol ofensivo sueco no seu melhor.»